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Trabalhadores do Hucam podem entrar em greve a partir desta segunda

Ebserh não aceitou a contraproposta da categoria, afirma presidente do Sindsep/ES, Carlos Alberto Chácara

Os trabalhadores do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), o Hospital das Clínicas, em Maruípe, podem entrar em greve novamente a partir desta segunda-feira (26), quando será feita assembleia para discutir o assunto, às 6h30. Eles tinham dado início a um movimento grevista nessa quarta-feira (21), mas encerraram um dia depois, apresentando uma contraproposta para a Empresa Brasileira e Serviços Hospitalares (Ebserh), que foi recusada nessa sexta-feira (23).
Divulgação

Como a Ebserh protocolou dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para julgamento das questões econômica e social, os trabalhadores propuseram que fosse julgada somente a parte econômica. Porém, a empresa não aceitou, afirmando sua recusa em uma reunião da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Espírito Santo (Sindsep-ES), Carlos Alberto Chácara Barbosa, afirma que há grandes chances de a categoria aprovar a greve e dar início a ela de imediato. Ele explica que, embora tenham retornado ao trabalho, os funcionários do Hucam estão em estado de greve, não havendo necessidade do prazo de 72 horas para a greve começar.

A Ebserh é gestora de hospitais universitários, entre eles, o Hucam, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A empresa quer retirar cláusulas do Acordo Coletivo, como o direito de o trabalhador pagar plano de saúde para um dependente, mesmo que o funcionário da Ebserh não tenha aderido ao plano. Carlos Chácara afirma que, muitas vezes, a pessoa não tem condição de pagar para ambos, por isso, prioriza o dependente. Outra cláusula que a empresa quer retirar da Convenção é a que garante licença para acompanhamento dos filhos ao médico.
A database da categoria é em março, mas as negociações não avançaram, devido ao impasse entre a Ebserh e os trabalhadores, que acreditam que se não houver reposição das perdas salariais, essas poderão superar 30% em março de 2023 devido à inflação. Na parte econômica, os trabalhadores reivindicam reposição das perdas salariais dos últimos três anos, que somam mais de 25%. Segundo Carlos, por causa da greve, cirurgias, serviços de radiologia, consultas eletivas e novas internações sofreram redução.


Chega ao fim a greve dos funcionários do Hospital das Clínicas

Dissídio no TST irá julgar questões social e econômica. Trabalhadores propõem que questão social não seja julgada


https://www.seculodiario.com.br/saude/chega-ao-fim-a-greve-dos-funcionarios-do-hospital-das-clinicas

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