A eleição do Sindicato dos Comerciários do Estado Espírito Santo (Sindicomerciários) terminou e quem ganhou foi a Chapa 1. O que isso significa? O que aconteceu é que os membros da Chapa 2 não enfrentaram a Chapa 1, não propôs o embate direto de propostas. Ou seja, não ofereceu ao eleitor uma referência clara para que este lhe oferecesse o voto.
Falando mais francamente, não houve embate na eleição deste que é um dos grandes sindicatos do Espírito Santo. Gedson Rodrigues Rocha, que encabeçou a Chapa 2, passou 19 anos na diretoria do Sindicomerciários, integrando o grupo de Jackson Andrade, que comanda o sindicato há mais de duas décadas – e assim vai continuar, pois o vencedor, Rodrigo de Oliveira Rocha, da Chapa 1, tem o DNA de Jakson.
Gedson Rocha não soube cristalizar suas divergências, demarcar as diferenças e, portanto, apontar os erros da gestão do grupo de Jackson. O movimento de cisão feito durante o processo eleitoral não foi suficiente para o convencimento dos trabalhadores de que ele, efetivamente, apresentava uma proposta alternativa de administração do Sindicomerciários.
A derrotada acachapante mostra isso. A Chapa 2 teve apenas 1.001 votos, enquanto a Chapa 1 amealhou 3.225 votos. Perdeu de goleada. O trabalhador não conseguiu definir quem é quem. Mesmo as propostas eram parecidas, quase irmã gêmeas. No final, para o eleitor, Gedson e Rodrigo eram água da mesma pipa.
Uma audiência judicial no dia 3 de julho vai analisar um pedido de intervenção no sindicato. Para o sindicato, o resultado da intervenção tem tratamentos diferentes. Primeiro, tem que esquecer a chapa derrotada e, segundo, corrigir os erros na direção sindical e dar o norte para a nova gestão trabalhar.
E bola pra frente, comerciário!

