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Canção da volta

Nas asas da Azul – que azul é o céu que nos cobre – deixo novamente a verde-azul terra brasilis e volto ao meu refúgio vermelho-azul na chamada terra do Tio Sam. Velhinho por sinal muito antipático.  Troco o suco de maracujá e caju pelo gramberry -uva e cranberry; troco o iogurte de graviola pelo grego com blueberry; o feijão com arroz pelo macaroni and cheese, a couve pela kale, que dizem ser um repolho. Para a papa de milho verde e a tijela de açaí não encontrei substitutos.  
 
As TVs daqui cobrem as olimpíadas apenas nas modalidades em que os atletas americanos estão  ganhando medalhas… Mas em qual eles não ganham? O Brasil, tadinho, que deveria ter aproveitado a motivação e melhorado o desempenho na competição, continua na lanterninha. Pelo menos na abertura conquistamos uma medalha de ouro? Há controvérsias, pois tão cedo outro país vai conseguir superar a grandiosidade da China. E olha que lá também tem corrupção.
 
Eu gostei, mas o que os outros pensam? Pró: “A cerimonia de abertura no Rio foi coreografada com requinte como um show vigoroso, uma afirmação social pungente e um corajoso desafio para o mundo. Quem precisa de dinheiro quando tem consciência?” Chistine Brenna, USA Today. Contra: “Um extravagante desperdício de dinheiro público numa nação onde os pobres estão gritando por serviços básicos essenciais”.
 
Pró: “Uma ênfase em desempenho low-tech, teatro físico e emissão pirotécnica consciente. O resultado foi uma abertura cordial, marcada por um rico humanitarismo, exuberante cordialidade e um infatigável espírito de resistência”,  Michael Johnson, da BBC. Contra: “Uma bela cerimônia não esconde os problemas de eletricidade e encanamentos na Vila Olímpica, altos índices de criminalidade, zica e águas poluídas”.
 
“Foi feita com muita alegria… o orçamento era modesto mas eles realmente fizeram milagres”.  “Depois das olimpíadas, os estádios poderão ser transformados em mais favelas”. “De um lado, o caríssimo espetáculo de uma Olimpíada que o Brasil não pode sequer fingir que poderia pagar ou organizar corretamente… Do outro lado, Oh, my God, eles são algumas das pessoas mais bonitas do mundo”. Os comentários sem autoria são opiniões dos leitores. Entre alhos e bugalhos, acho que a maioria aplaudiu.
 
Desfaço as malas trocando bala perdida por assassinatos em massa… o que me lembra que hoje teremos um exercício simulado de prevenção de ataques terroristas ou de lobo solitário. Esse é o mundo em que vivemos, e numa faculdade temos que participar desses treinamentos. Igual o pessoal de bordo fazendo demonstrações de sobrevivência no avião – na hora do aperto, quem vai se lembrar? Regra básica: se possível, fique atrás da porta de acesso. Bye, bye Brasil.

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