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Cidade partida

A disputa pela presidência da Câmara da Serra, que acabou em confusão no plenário da Câmara no primeiro dia do ano, é um sintoma que a briga política entre o prefeito Audifax Barcelos (Rede) e o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) já está fugindo do campo democrático e pode prejudicar a cidade, que já virou coadjuvante nesta história.

A impressão é que a disputa entre os dois já não guarda mais relação com a prefeitura em si ou a melhoria das condições de vida da população serrana, trata-se de uma disputa particular que não tem fim. Durante o processo eleitoral, Vidigal deixou claro que o tamanho político de um, é alimentado pela disputa com o outro. No entendimento de Vidigal, se um deles não estiver presente na disputa, não há condição de o outro se manter.

Enquanto essa disputa se dá no campo da campanha eleitoral, com as disputas pelos votos, andando pelos bairros da Serra e tentando conquistar o maior número possível de eleitores, tudo bem. Mas quando isso se transporta para a discussão interna da Câmara de Vereadores, que acaba em pancadaria, é sinal de que as coisas começam a fugir do controle.

E essa não é a primeira instituição que a briga afeta. A Federação das Associações de Moradores da Serra (FAMS) até hoje não resolveu o impasse da eleição da presidência. A disputa, que foi um exercício da disputa eleitoral em meados do ano, colocou frente a frente apoiadores de Audifax e Vidigal e o impressionante resultado, empate, mostrou como a cidade está dividida entre essas duas lideranças.

A eleição em si contou com um fator emocional que desequilibrou a disputa para o lado de Audifax, mas a disputa pela presidência da Câmara e o desfecho do caso no dia 1º deixa claro que essa peleja entre os dois vai continuar dividindo o eleitorado da Serra por muito tempo.

Enquanto cenário se mantém  polarizado, fica difícil para outras lideranças se colocarem. Embora tanto Audifax quanto Vidigal afirmem que essa radicalização esteja prestes a se esgotar, não se visualiza entre as demais lideranças do município, nomes em condições de ocupar esse espaço, ao passo que o jogo segue cada vez mais duro, inclusive de se assistir.

Fragmentos:

1 – O ex-deputado e agora vereador por Vila Velha, Reginaldo Almeida (PSC), foi eleito na primeira e polêmica sessão ordinária de 2017 na Câmara o novo presidente da Comissão de Justiça, uma das mais importantes da Casa.

2 – O vereador Heliossandro Matos (PR) mostrou já na sessão de posse um indício de que não engoliu o fato de não ter conseguido a presidência da Comissão de Finanças. O vereador que retorna a Câmara tem fama de criar confusão por onde passa.

3 – Surgiu no mês passado uma conversa deputado estadual Amaro Neto (SD) estaria aguardando uma acomodação como secretario de Estado, mas pelo jeito nao vai conseguir. Ele deve retornar à apresentação de seu programa na TV Vitória após o Carnaval.

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