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Fica, gente!

Enquanto enfrenta um sério problema de saúde, uma gestão confusa, bem diferente das anteriores que teve à frente do governo do Estado, Paulo Hartung (PMDB) ainda tem como preocupação conter os incêndios em sua base partidária. As divisões dentro dos três principais partidos que o apóiam — PT, PSDB e PDT — são nítidas e vem causando muita preocupação no Palácio Anchieta.
 
Em maio, o PT capixaba realiza sua eleição interna e dentro do partido, apesar do pragmatismo de seus dirigentes atuais, a insatisfação da base tem fomentado o movimento que defende a saída do partido da base do governo. A candidatura do deputado federal Givaldo Vieira parece agregar essas insatisfações e pode ameaçar a matemática simples do grupo majoritário.
 
O PT foi importante para Hartung desde seu primeiro mandato, não só porque, na sua passagem pelo PSB, Hartung se elegeu pela primeira vez no palanque de Lula, mas também porque no Estado o partido se afastou de sua base ideológica, em troca de acomodação política, que hoje para grande parte dos filiados, não trouxe ganhos para o partido.
 
O PSDB talvez tenha sido um dos partidos mais prejudicados nessa acomodação de forças de Hartung. Um dos grandes parceiros do governador, o partido tucano nunca teve um papel protagonista na equipe dele. Em 2010, quando achava que poderia suceder Hartung, foi golpeado fortemente. Mesmo assim, o PSDB se manteve ao lado do peemedebista em 2014, quando tinha um posicionamento mais confortável no palanque de Renato Casagrande.
 
Mais uma vez, quando se iniciam as movimentações para 2018, o PSDB não é prioridade nos planos do governador. Isso tem dividido a militância e tem se tornado cada vez mais difícil para o vice-governador César Colnago conter as insatisfações internas.
 
Mesmo depois da reunião que oficialmente selou a paz no PDT, o clima no partido é tenso. O deputado federal e líder do partido Sérgio Vidigal conseguiu manter o PDT na base de Hartung, mas dificilmente vai conseguir passar o guizo em seus deputados estaduais. O partido é grande e desperta o interesse de várias forças políticas para as composições proporcionais. Mas há sempre a impressão de que poderia ser maior do que é hoje, se não tivesse suas asas podadas pelo grupo palaciano.
 
No DEM, outro partido que sempre foi seu parceiro, Hartung tem um problema crescente e poderoso chamado Theodorico Ferraço, que promete dar muita dor de cabeça na Assembleia para o governador.
 
Até dentro do PMDB, seu partido, Hartung tem problemas. Ele retirou da sigla seus grandes aliados, pretendia alçar voo para evitar um eventual desgaste da sigla em nível nacional, mas hoje sabe que se deixar o PMDB, abre um vasto caminho para sua principal desafeta política Rose de Freitas, por isso hoje está preso ao partido.
 
Hartung não é um entusiasta da política partidária, mas no sistema político brasileiro, precisa deles para as acomodações eleitorais. De seu mesmo, hoje tem o PSD e outros de menor capilaridade. Enquanto isso, vê a insistente composição de PPS, PP, PV, PSB e Rede.

Fragmentos:

1 – Pelas redes sociais, o deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB) criticou o artigo publicado pelo governador Paulo Hartung no jornal A Tribuna desta terça-feira (28), intitulado “O tempo da Juventude”. No artigo, o governador afirma que “em nosso Estado, o amanhã não está entregue à própria sorte” e que o governo está empenhando seus melhores talentos técnicos e políticos, com investimento prioritariamente na juventude.

2 – “Fechou mais de 500 turmas, cerca de 20 escolas, mais de uma centena de turnos, vários cursos profissionalizantes, cerca de uma centena de turmas de EJA, cortou cerca de 50% do PEDDE, não investe o mínimo Constitucional de 25% na educação, o Estado tem mais de 60 mil alunos em idade escolar fora da escola e cerca de 200 mil jovens que não concluíram a educação básica”, rebateu o deputado.

3 – Hartung defende o Pacto pela Juventude, aprovado na Assembleia na semana passada, que, segundo ele, soma ações multissetoriais dedicadas à juventude, incluindo-se nesse grupo crianças, adolescentes e jovens. Ele também destaca a menina dos olhos na educação do governo, o “Escola Viva” como modelo de formar cidadãos e empreendedores.

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