A relação do governo do Estado com a Assembleia Legislativa está cada vez mais complicada. As insatisfações agora aparecem até nas votações dos pedidos de urgência das matérias do executivo. O problema é que sempre houve na Casa um acordo de cavalheiros em relação ao número de pedidos de urgência, que era negociado, incluindo aprovação das urgências de alguns deputados ou tramitações nas comissões para prestigiá-los. Mas este ano todas as matérias do governo receberam a urgência e o parecer oral das comissões nas sessões. O governador Paulo Hartung (PMDB) tem tentado passar todos os projetos na base da tratoragem. Só na sessão desta terça-feira (21), havia cinco pedidos de urgência, três foram aprovados. Em um deles, porém, os deputados esvaziaram o plenário para não dar quorum na votação da urgência da matéria apresentada pelo líder do Governo, Gildevan Fernandes (PMDB), que altera o Estatuto da Polícia Militar do Estado. Sinal de que os deputados não estão dispostos a pagar todas as contas do Executivo assim. Todas, todas, não. Só algumas.
Indiretas
Na votação da urgência do projeto que concede redução de ICMS em veículos, aliás, faltava uma presença para garantir o quorum. Mas Gildevan conseguiu convencer o deputado Bruno Lamas (PSB), que faz parte do bloco da oposição, a votar, garantindo a aprovação. Da Vitória (PDT) não perdoou, “elogiando” as indicações do socialista ao governo.
Ah, tá!
Já José Esmeraldo (PMDB) usou a tribuna da Casa para criticar a proposta de lista fechada e disse que na Assembleia não tem voto secreto. Mas quando é divulgado o nome de quem votou contra interesse popular, os deputados ficam fora de si.
Quem vai?
O PT capixaba está convencido de que terá que lançar um nome na disputa ao governo do Estado para dar suporte ao palanque presidencial. A ideia inicial seria buscar um nome menos impregnado de política, um nome ligado à academia, talvez. Mas nos meios políticos, a tendência é de que o partido invista em um de seus deputados federais para a empreitada: Helder Salomão ou Givaldo Vieira.
Desprestígio
Apenas os deputados federais Jorge Silva (PHS) e Lelo Coimbra (PMDB) acompanharam o governador Paulo Hartung (PMDB) na visita às obras do Aeroporto de Vitória. Os convites teriam sido distribuídos na semana passada, mas tem gente reclamando que não recebeu. Há quem diga também que Lelo e Jorge Silva só participaram porque estavam embarcando para Brasília. E olha que a obra está sendo feita com recursos federais.
Lados opostos
A eleição da nova diretoria da Associação dos Municípios do Estado (Amunes) está colocando os prefeitos da Grande Vitória em lados opostos. Enquanto Gilson Daniel (PV), de Viana, e Audifax Barcelos (Rede), da Serra, estão em uma chapa, o prefeito de Cariacica, Juninho (PPS), está no grupo palaciano de Guerino Zanon (PMDB), de Linhares.
Dupla
A propósito, Audifax e o prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB), se reúnem com o presidente Michel Temer na tarde desta terça-feira (21). Vão pedir recursos para seus municípios.
Fogo de palha?
E por falar em andar juntos, como ficou a história da articulação dos cinco prefeitos da região metropolitana? No início do mandato eles estavam empolgados com o assunto, mas parece que, de novo, a coisa ficou pelo caminho. A tal agenda metropolitana não sai nunca.
Disputa aberta
Foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (21) a portaria de aposentadoria do procurador de Justiça, Gabriel de Souza Cardoso, após mais de 38 anos de contribuição. Agora são oito vagas em aberto no órgão de 2º grau no MP capixaba.
Nas redes
“Li a transcrição das escutas telefônicas da ‘protocolo fantasma’ e não vi nada demais, nada que já não se soubesse, pois é óbvio que uma paralisação se produz com pessoas conversando sobre ela, articulando… nada demais (…)”. (Advogado André Moreira – Psol – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Não é livre quem não obteve domínio sobre si”. Pitágoras
(Colaborou Renata Oliveira)