Os candidatos a prefeito que disputam a eleição no segundo turno na Grande Vitória vão para a última semana de campanha para tentar abraçar os votos dos indecisos. Quem terminou o primeiro turno na frente tenta manter seu público, quem está atrás precisa tomar impulso para tentar virar o jogo.
Nos quatro municípios, a eleição está pegando fogo, com trocas de acusações, tentativas de desconstruções e pouco ou nenhum debate sobre as propostas para as prefeituras que disputam. Na maioria das disputas, o que se vê é muita discussão pessoal.
Como a eleição só tem um novato – Amaro Neto (SD), que não tem experiência alguma do Executivo – e um seminovo – com Marcelo Santos (PMDB), que não foi prefeito, mas esteve muito próximo na gestão do pai Aloízio Santos –, os demais candidatos querem mais é fazer comparativo de suas gestões.
Nada contra mostrar o que cada um fez, mas não se faz promessa de passado. As promessas devem sempre projetar o futuro. O que foi feito, foi feito. O que a população quer saber é o que ainda vai ser feito. Ficar choramingando falta de recursos não vai ajudar em nada.
Cada candidato na disputa tem que olhar sua posição e como ela pode ser usada na campanha. Para quem está no cargo, não basta dizer o que fez. Para quem quer o cargo pela primeira vez, tem que mostrar o que pode inovar.
Para quem já esteve e quer voltar, é preciso se apresentar com um diferencial, não adianta prometer repetir o passado, porque a realidade é outra e as demandas da sociedade também. Agora ficar nessa de acusação daqui, acusação de lá, pode acabar afastando o eleitor no próximo dia 30. O convencimento aos eleitores deve incluir mais propostas e menos ataques. Pelo menos é isso que se espera de uma disputa eleitoral de alto nível.