Muita sede ao pote
O velho bordão “quem nunca comeu melado, quando come se lambuza” aplica-se muito bem ao atual momento do PSB. Pois até Renato Casagrande chegar ao governo, o PSB era meramente um pequeno partido de proteção política do próprio Casagrande, sem condições de voos mais altos. Além do mais, a chegada ao governo se deu por mera casualidade: um hiato de poder ocorrido na vida política do Estado, ocasionando a queda do candidato (Ricardo Ferraço, PMDB) previamente selecionado. Esse acidente de poder fez com que o governo proporcionasse ao PSB uma inesperada melhoria política para os seus integrantes, até então, meros operários de votos garantidores de mandatos legislativos a Casagrande. Já na eleição municipal (2012), ficou claro que muitos deles estavam em busca de seu quinhão. O partido fez prefeitos muito além de suas reais possibilidades. A disputa para a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados, provoca, pela sua própria importância, descabidas desavenças internas e tranca de porteira para impedir a entrada de importantes lideranças. E isso ocorre, temerariamente, numa hora em que o governador tenta ajustar, com os partidos coligados, sua reeleição. O pior vem do erro político que está sendo cometido e costuma ser arrasador: misturar governo, Estado e partido, uma promiscuidade política.
Prontidão
Quem segura o cadeado do PSB para não ingressar candidato a deputado federal na sigla é Paulo Foletto. Com justa razão, pois o favoritismo dele dependerá dos votos que conseguirá em Colatina, sua base política.
Barra
Vai ter pela frente a candidatura do presidente do Bandes, Guerino Balestrassi (PSDB), e do deputado estadual Josias da Vitória (PDT) - embora ainda em grau de avaliação. Dois políticos também do município.
Perderam
Os petistas fizeram uma peça para a televisão, com múltiplas e sorridentes lideranças, em regozijo com os governos de Paulo Hartung e Renato Casagrande.
Neoliberal
Diz a peça que o partido contribuiu muito para os 10 últimos anos de progresso do Estado, desconsiderando totalmente o perfil ideológico dos dois governos.
Ampliou
O governo do Estado sofisticou sua área de grampos: por uma boa grana, adquiriu um novo equipamento que entra em email, celulares e Facebook.
Em cheio
O veto da presidente Dilma ao projeto dos portos atingiu em cheio os contratos de arrendamento da empresa Hiperexport, que tem como sócio majoritário o empresário capixaba Otto Andrade, em Capuaba, Vila Velha.
Tributo
O grupo ArcelorMittal investe em João Monlevade, Minas Gerais, na sua fábrica de aço longo. Atividade que gera ICMS, pois é voltada para o mercado doméstico.
Poluição
Já a maior parte de sua produção no Espírito Santo não gera ICMS. Ficamos só com a poluição. A grana fica em Minas Gerais.
PENSAMENTO:
“A democracia não olha pra trás, ela olha para frente”. Tomas Mann
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