Querem dar um formato de prévias das eleições ao governo na disputa em Vitória. Basta acompanhar os movimentos do ex-governador Renato Casagrande (PSB) e também olhar para o que já havia antes aprontado o governador Paulo Hartung (PMDB).
Nos enseja em avaliar o tamanho real das implicações da disputa em Vitória nas eleições para o governo em 2018, no balanceamento dos movimentos de cada um dos dois. A começar por encontrar o ex-governador Renato Casagrande, jogando a sorte de sua candidatura ao governo, pendurando-se na reeleição de Luciano Rezende (PPS).
Principalmente depois que o socialista percebeu as armadilhas de PH para começar ganhando o jogo da sucessão pela eleição em Vitória. Assustando-se com a fórmula Amaro Neto (SD).
Inicialmente previsto para ser uma simples jogada do deputado federal Carlos Manto (SD), garantindo-lhe mais uma reeleição para a Câmara dos Deputados, mas que quando se deram conta, Amaro havia subido no pau de sebo andando próximo do troféu, passando a clara ideia de que o Casagrande vai ter que juntar muita lenha para queimá-lo na fogueira.
Amaro está longe de ser o Tirica que imaginaram e muito menos o palhaço que tentaram colar no apresentador de TV. As pesquisas contestam. Abrindo o desafio aos seus opositores, sobretudo Luciano Rezende.
Equívocos eleitorais à parte, já que a disputa para o governo está dentro da eleição em Vitória, Amaro pode perfeitamente, alterar o seu destino. Quem pariu Mateus… no caso o governador Paulo Hartung, que já viu que não há guizo que caiba em Amaro. A estratégia é então segurar o crescimento de Luciano, tentando evitar que ele passe o segundo turno.
Convenhamos que é algo que dificilmente poderá se dar já no primeiro turno. Além de Luciano contar com a máquina administrativa, a montagem das chapas de vereadores é outro trunfo a seu favor. Está, portanto, bem preparado para o jogo. Casagrande ajuda sim, mas é possível que o ex-governador tire melhores vantagens para o seu projeto de eleição ao governo do que necessariamente chame votos para eleger Luciano. É o tipo do casamento que se deu por mera conveniência.
É preciso destacar que Luciano vem cuidando da sua candidatura com zelo e armou-se muito bem para a disputa. Agora, se vai fazer chegada, é outra coisa. Pois do outro lado, querendo engoli- lo, está PH, que dispensa comentários. Mas nesta disputa Hartung é autor deste equivoco chamado Amaro, que o botou no jogo com o fito de tomar o lugar de Luciano no segundo turno (quando ainda o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas estava na disputa).
Mas como Luiz Paulo pulou fora, Amaro ficou maior do que estava previsto, sobrou para o PH transformar Lelo Coimbra (PMDB) num outro Luiz Paulo.
Até que Lelo anda subindo na degrau a degrau na disputa. Mas pode chegar até aonde? Pois é… O que está aí para acontecer mesmo é um segundo turno entre Amaro e Luciano, como uma espécie de roleta-russa das eleições para o governo.