Produção russa de série “B” que chegou a ser exibida em festivais de cinema fantástico ao redor do globo, neste filme temos a velha história da vila amaldiçoada e do ambiente lúgubre propício ao mal-estar e à depressão.
Num dia comum, a mãe das protagonistas, Ayia e Mirra, morre e Mirra se revolta com Deus por ter perdido um ente querido apesar das justificativas do pároco local. A partir daqui o filme se divide entre o mundo feliz de quando a matriarca era viva ao insólito post-mortem. A atmosfera do lugar torna-se estranha e a filha rebelde adoece e passa a ter pesadelos constantes.
Mirra fica isolada do resto da população, enquanto uma epidemia se espalha pela cidade. A irmã Ayia procura ajuda do padre, que as leva à igreja onde as irmãs passam por um transe ritual. Aiya entra na mente da irmã e tenta ajudá-la a superar os medos do passado – essa parte lembra o filme The Babadook de Jennifer Kent(disponível na netflix).
Como é comum no cinema “não oficial” os erros, perceptíveis até pelo leigo ou por quem assiste pela primeira vez, são engraçados porque dão a impressão de desleixo.
As casas em estilo germânico e vitrais com palavras em inglês não combinam com uma vila russa nem a paisagem que muda o tempo todo e remete a vários países.
O livro satânico é muito mal ilustrado e pode parecer incrível, mas também é de fácil compreensão para o cidadão russo comum, que decifra facilmente seus desenhos e hieróglifos.
Apesar da técnica canhestra, o filme deixa uma mensagem importante no final.