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Tesoura na mão

O clima nas posses dos prefeitos da Grande Vitória nesse domingo (1) foi bem diferente de município para município. De coral com música religiosa, em Cariacica, à pancadaria na Serra, cada prefeito sentiu de forma diferente o calor do eleitorado no início do ano. Mas uma coisa se pode dizer que foi uniforme: o discurso de cortes.

Max Filho (PSDB) anunciou o contingenciamento de 20% de cargos comissionados e 30% do orçamento de Vila Velha. Juninho, em Cariacica,  e Luciano Rezende, em Vitória, ambos do PPS, vão bloquear 10% de cargos e Audifax Barcelos (Rede), que tem a situação menos complicada – financeiramente falando –, também vai governar “como economista”.

Os prefeitos se baseiam na expectativa de que a crise permanecerá em 2017 e por isso é preciso apertar o cinto. Até porque, todos eles têm expectativa políticas futuras e precisam de gestões equilibradas para terem cartas na manga.

Uma solução para eles seria realmente a união de forças em torno da efetivação da região metropolitana, um discurso que ganhou fôlego com o fim da eleição, mas que parece ter esfriado com a proximidade da posse. Resta saber se depois do recesso esse tema voltará a ser debatido como se deve.

Outro ponto que deverá ser observado é a rivalidade. Todos os prefeitos que agora assumem têm no seu pé lideranças que podem aumentar o tom das críticas sob qualquer pretexto. Os derrotados nas disputas do segundo turno – Marcelo Santos (PMDB), Cariacica; Sérgio Vidigal (PDT), Serra e Amaro Neto (SD), em Vitória – já chegaram até a se reunir para debater essa estratégia.

Seja administrativamente, seja politicamente, os prefeitos da Grande Vitória entendem que podem se apresentar para o futuro político do Estado, mas a construção deste caminho passa por gestões de resultado nas prefeituras. Neste sentido, o corte agora é importante, mas precisarão avançar já no segundo ano de gestão se quiserem aumentar seus capitais políticos.

Fragmentos:

1 – Na Câmara de Linhares, norte do Estado, a aprovação da chapa única, encabeçada por Ricardo Bonomo (SD) não teve dificuldade na eleição, mas a divisão das comissões permanentes travou e uma nova sessão acontece nesta segunda-feira (2) para definir os cargos.

2 – Os vereadores de Vila Velha acabaram espremidos em um canto do palanque montado no Centro de Convenções de Vila Velha. O espaço foi bom, mas a visibilidade dos legisladores não foi grande.

3 – A deputada Raquel Lessa (SD) mudou de gabinete. A partir de agora, ela deixa o sétimo andar da Assembleia legislativa, e passa a atender no gabinete 902 que era do então deputado Edson Magalhães (PMDB). O antigo gabinete agora será ocupado pelo deputado Esmael de Almeida (PMDB).

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