quarta-feira, dezembro 4, 2024
24.4 C
Vitória
quarta-feira, dezembro 4, 2024
quarta-feira, dezembro 4, 2024

Leia Também:

Como a pandemia está afetando a cultura capixaba?

Pesquisa realizada nacionalmente divulgou primeiros resultados dos impactos para setor cultural e criativo no Estado

Parceria da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) com governos estaduais e outras entidades, a Pesquisa de Percepção dos Impactos da Covid-19 nos Setores Cultural e Criativo do Brasil divulgou seus primeiros dados referentes ao Espírito Santo, por meio da Secretaria da Cultura (Secult). Apesar da amostragem pequena, ajuda a entender um pouco dos efeitos da pandemia do coronavírus. As resposta incluíram tanto indivíduos como grupos formais e informais que trabalham com cultura e arte, com dados coletados entre 10 de junho e 5 de julho.

Dentre os consultados, incluindo pessoas e coletivos, 61,11% possuem como principal fonte de renda a receita oriunda da prestação de serviços. Entre os trabalhadores, 67,74% são autônomos e 14,52% prestadores de serviços, mostrando um menor percentual de indivíduos com emprego pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e funcionários públicos.

Nos primeiros meses da pandemia, houve uma queda brusca de receita para muitas empresas e pessoas do ramo da cultura: 53% tiveram queda total de arrecadação entre março e abril e 18,52% registraram redução de mais de 50%. Para os próximos meses, porém, segundo as expectativas dos produtores e empreendedores, a tendência seria de diminuição do índice.

A alternativa de migrar produtos e serviços para internet também foi um tema levantado pela pesquisa. Os primeiros dados divulgados apontam que, entre os indivíduos, apenas 20,97% podem migrar totalmente totalmente suas funções para internet. Mas 64,52% consideram que é possível oferecer parcialmente seus produtos e serviços utilizando a tecnologia digital. O restante aponta não poder oferecê-los desta maneira.

Para os coletivos e empresas, a adaptação parece ser mais complicada ao formato e ambiente virtual, já que 5,26% podem realizar seus produtos e serviços totalmente pela internet e 36,84% não podem realizá-lo por esta via. Dentre todos os entrevistados, cerca de dois terços possuem oferta de serviço de internet de qualidade, sendo que a outra parte não tem acesso ou o tem com baixa qualidade.

A pesquisa continua, podendo ser respondida por meio de um questionário disponível online para artistas, técnicos, trabalhadores, empreendedores, gestores públicos e privados, e membros de grupos tradicionais. Até o momento foram 2.243 respostas válidas coletadas, sendo 194 no Espírito Santo. Os dados parciais a nível nacional podem ser conferidos aqui.

Os objetivo da pesquisa são identificar os impactos de curto e médio prazo da pandemia de Covid-19 para os setores cultural e criativo no Brasil, subsidiar a formulação de políticas que possam amenizar os impactos identificados, e produzir conhecimento alinhado ao debate internacional que permita análises comparativas.

Segundo dados, antes da pandemia a previsão era que os setores cultura e criativo gerassem cerca de R$ 43,7 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) do País até 2021.

Mais Lidas