Sexta, 03 Mai 2024

João Roberto Ripper: querem roubar a beleza dos pobres

João Roberto Ripper: querem roubar a beleza dos pobres

 

Quem abriu nesta segunda-feira (3) o ciclo de palestras da IV Semana Estadual de Direitos Humanos, que se estende até quarta (5), na Ufes, foi o fotógrafo e jornalista João Roberto Ripper, da ONG Imagens da Terra. Ripper foi um dos convidados da mesa Mídia e Direitos Humanos.
 

 
A ONG permitiu que ao longo de mais de 20 anos Ripper só fotografasse conflitos de terras, de índios, entre outras questões sociais. Ele ainda idealizou e dirigiu no maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro, o Conjunto da Maré, a formação de fotógrafos populares que retratassem a sua realidade.
 
Com essas credenciais, ao público do Cine Metropolis, ele fez apologia da beleza e combateu o estereótipo se faz dos pobres. Para ele, não há beleza apenas na classe média e nas elites. Mostrou que esses fotógrafos populares tiveram a capacidade de mostrar as próprias belezas, já que eles sempre representam o arquétipo da miséria.
 
Os fotógrafos populares conquistaram um meio de se comunicar que os transformou em grandes fotógrafos. Já tiveram convites de entidades de direitos humanos internacionais para fotografar cidades como Londres ou Paris. Ele defendeu que essas pessoas tenham o próprio instrumento de comunicação e sejam respeitados.
 
Ripper lembrou que foi preciso que fossem formados fotógrafos da favela para que a produção de uma “beleza própria” fosse absorvida por todos. Ele se diz em condições de se posicionar dessa maneira porque veio do movimento sindical, passou pela universidade, entre inúmeras experiências. 
 
Ele tem defendido ardorosamente Brasil afora a questão desse tipo de beleza de beleza. 
 
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