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Trabalhadores dos Correios decidem sobre greve na próxima quinta-feira

Principais reivindicações são mudanças na forma de manutenção do plano de saúde e concurso

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Correios do Estado (Sintect-ES) fará uma assembleia na próxima quinta-feira (15), para deliberar se paralisarão suas atividades. Os trabalhadores, que estão em indicativo de greve desde o dia 1º de agosto, rejeitaram a proposta que a estatal apresentou, pois não contemplava as principais reivindicações da categoria, que são mudanças na forma de manutenção do plano de saúde e realização de concurso público.

A presidente do Sintect-ES, Regina Sarmento, aponta que a cada reajuste salarial, o valor pago mensalmente para a manutenção do plano de saúde aumenta, além disso, ele é co-participativo. Por isso, os trabalhadores reivindicam uma proposta que possibilite manter o benefício com um impacto financeiro menor para a categoria. Quanto à realização do concurso, eles acreditam que se faz necessária diante do número pequeno de funcionários, que acaba sobrecarregando os servidores. O último concurso foi realizado em 2011, porém, desde então, muitos servidores se aposentaram ou saíram da empresa. 

No que diz respeito à proposta apresentada pelos Correios nessa quarta-feira (7), Regina informa que os itens contemplam os trabalhadores, faltando somente a mudança no plano e a questão do certame. A estatal propôs a retomada do adicional de férias de 70%, direito perdido em 2020, durante o Governo Bolsonaro (PL); aumento de 4,11% no tíquete alimentação a partir de agosto e de 6% no salário a partir de janeiro; a concessão de um vale extra, de agosto a dezembro, no valor de R$ 50,97, para quem recebe até R$ 7,3 mil; 20% de reajuste para os que cumprem função de trabalhadores motorizados; e um tíquete extra de R$ 1,1 mil em dezembro.
Essa proposta, aponta Regina, é melhor do que a apresentada anteriormente. Na primeira, os Correios propuseram somente reajuste de 6% a partir de janeiro e de 4,11% no tíquete alimentação, além de um tíquete extra de R$ 1,1 mil em dezembro. A melhora na segunda proposta, acredita Regina, foi feita devido à ameaça de greve por parte dos trabalhadores. 

Em alguns estados, ao contrário do Espírito Santo, após a apresentação da segunda proposta, os trabalhadores deram início ao movimento grevista nessa quinta-feira (8), que foi aprovado nas assembleias dos sindicatos que representam trabalhadores de Alagoas, Paraná, Rio Grande do Sul, Vale do Paraíba, Maranhão, São Paulo capital, Rio de Janeiro, Tocantis e Bauru.

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