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Ufes tem dia de atividades com objetivo de valorizar a cultura negra

Diversos coletivos e entidades formadas por estudantes negros e cotistas da Universidade Federal do Estado (Ufes) realizam, durante toda esta sexta-feira (18), uma série de atividades políticas e culturais com o objetivo de valorizar a cultura negra e denunciar a situação de preconceito, exclusão e silenciamento de negros, cotistas e indígenas dentro de fora do campus da universidade.

As atividades tiveram início pela manhã, com o oficinas, rodas de conversa, exposição de arte e saraus para a reflexão sobre o tema.

Às 18 horas acontece uma aula pública com o tema “A Redução da Maioridade Penal e os Impactos sobre as Juventudes”, com a presença do professor Douglas Belchior, blogueiro e colunista da revista Carta Capital.

O Coletivo Negrada, que organiza o dia de mobilizações, aponta que a Ufes é um local historicamente privilegiado em que a classe média e alta, assim como os herdeiros, ocupavam quase 100% das vagas nos cursos superiores, de mestrado e doutorado formando gerações de advogados, médicos, engenheiros, cientistas e professores que hoje ocupam os cargos políticos e públicos nas grandes empresas.

No entanto, essa realidade tem mudado e a população pode reivindicar este espaço. Os grupos representativos ressaltam que o acesso à universidade é só o começo, já que o objetivo é mudar esse sistema de manutenção de privilégios, em que a população negra está fadada apenas a ocupação de profissões de servidão para uma sociedade cada vez mais racista, machista, homofóbica e conservadora.  

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