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Mais seis policiais militares da antiga Rotam são desligados da Corporação

Mais seis policiais militares da extinta Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) foram demitidos pela Polícia Militar do Espírito Santo nessa quinta-feira (14), acusados de participar do movimento de paralisação da tropa em fevereiro de 2017. Advogados da Associação de Cabos e Soldados (ACS) alegam que militares foram afastados antes de esgotado o prazo de recurso, o que demonstra abuso de poder, e vão recorrer da decisão.

As exonerações atingem os soldados Vinícius Costa Loureiro, Wenderson Gonçalves da Silva, Wolney da Silva Teixeira, Werik Ramos Mendes e Jean Vitor dos Santos Azeredo. Com elas, até agora já são 16 militares expulsos por causa da maior crise já instalada na segurança pública capixaba.
 
“As exclusões que resultaram desses processos administrativos foram alcançadas ao custo das garantias processuais dos acusados. Sequer foi permitida a complementação das alegações finais, diante de prova inserida nos autos após o encerramento da instrução. Estamos confiantes de que todos os licenciamentos serão revertidos como expressão mais fiel da justiça. Provocaremos o Poder Judiciário para fazer o controle de legalidade desses processos. A nossa luta agora toma um novo rumo e ganha mais força”, afirma o advogado Tadeu Fraga, integrante do corpo jurídico da Associação. 
 
Enquanto os advogados da ACS trabalham para reverter as demissões, outra mobilização acontece entre os militares: a política. O Fundo de Amparo aos Militares Capixabas (FAMCAP), além auxiliar financeiramente os PM’s excluídos, lançará, no próximo dia 28 de junho, um projeto de iniciativa popular para a anistia dos militares capixabas. 
 
“Sei que a PMES sangra e que, aparentemente, parece que não tem como se estancar, porque o governo a cada semana arranca a casca abruptamente. Que esse sangue não respingue na população capixaba, já tão carente de proteção. Mas não vamos desistir, nem muito menos desanimar”, afirma a Sargento Michele Ferri, presidente do FAMCAP, criado com o objetivo de prestar assistência social e financeira aos militares excluídos.
 
Nesta semana, a Auditoria da Justiça Militar, especializada no julgamento de crimes cometidos por PMs, começou a receber denúncias contra policiais acusados de participação na greve. No total, são 256 denunciados. Os militares acusam o governo do Estado de perseguição e intimidação em decorrência do movimento de fevereiro de 2017.

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