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Ministério Público define nomes da lista tríplice para procurador-geral

A procuradora de Justiça, Elda Moraes Spedo, atual número dois do Ministério Público Estadual (MPES), além dos promotores, Marcello de Souza Queiroz e Gustavo Senna Miranda, compõem a lista tríplice para escolha do novo chefe da instituição. A votação ocorreu durante toda essa sexta-feira (18). O pleito foi marcado por um grande número de votos em branco (243), superior até mesmo aos obtidos por Elda, que teve 175 votos.

O ex-presidente da Associação Espírito-Santense do Ministério Público (Aesmp), Marcello Queiroz, teve 103 votos, enquanto o promotor Gustavo Senna, que atua na Promotoria de Vitória, obteve 101 menções. O quarto colocado, Lélio Marcarini, ficou próximo de compor a lista com 96 votos, apenas cinco a menos do que o terceiro escolhido. O procurador Fábio Vello Correa registrou apenas 76 votos.

Também participaram da disputa: a promotora de Justiça Arlinda Maria Barros Monjardim (55 votos), e os promotores Jefferson Valente Muniz (40 votos) e Ailton Barbosa do Canto‎ (oito votos). Não foram registrados votos nulos. Do total de membros aptos para votação (302), somente três não compareceram às urnas e devem ter que prestar contas, uma vez que a participação é obrigatória.

Logo após o encerramento da votação, o atual procurador-geral de Justiça, Eder Pontes da Silva, encaminhou a lista tríplice governador Paulo Hartung (PMDB). O peemedebista terá agora 15 dias para escolher o nome para ocupar o cargo de procurador-geral de Justiça no biênio 2016/2018. Caso vença o prazo, o mais votado será investido automaticamente, porém, o governado deve exercer seu direito à escolha.

A candidata mais votada, Elda Spedo, ocupa atualmente o cargo de subprocuradora-geral Administrativa, responsável pela assinatura de atos de gestão e nas substituições do procurador-geral. Ela surge como a sucessora natural de Eder Pontes, que foi indicado pelo ex-governador Renato Casagrande (PSB), mas teve uma aproximação do atual mandatário do Palácio Anchieta.

Já Marcello Queiroz é um nome muito ligado à classe, enquanto Gustavo Senna surge como a principal novidade. Ambos têm ligações com o grupo do promotor Marcelo Zenkner, que hoje é secretário estadual de Transparência e terá que deixar o governo Hartung por força da recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que respeitando a Constituição Federal proibiu a presença de membros do Ministério Público em cargos públicos fora da instituição.

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