TJES: soltura de Pagotto 'observou requisitos da Lei de Execução Penal'
A progressão de pena concedida ao empresário Sebastião de Souza Pagotto, mandante do assassinato do advogado Joaquim Marcelo Denadai, "observou os requisitos previstos da Lei de Execução Penal", afirmou o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) ao Século Diário nesta quarta-feira (27), em resposta à solicitação de informações sobre a alegação judicial para a soltura. O TJES justificou que "Pagotto satisfazia o requisito mínimo de cumprimento de um sexto da pena, e o subjetivo, que é atestado de boa conduta carcerária".
O mandante de um dos crimes que marcaram a história política do Espírito Santo, ocorrido em abril de 2002, quando a vítima foi alvejada no calçadão da Praia da Costa, em Vila Velha, foi condenado a 17 anos e seis meses, pena que começou a cumprir somente em junho de 2018, já que o julgamento por homicídio triplamente qualificado aconteceu 10 anos depois do crime, no Fórum de Vila Velha, seguido de sucessivas tentativas de manobras protelatórias da defesa.A decisão, porém, só chegou agora ao conhecimento da família da vítima, gerando revolta e protesto. "É fácil matar no Espírito Santo, uma terra sem lei, de pistoleiros", apontou a ex-deputada estadual Aparecida Denadai, irmã do advogado assassinado, classificando o ocorrido como "mais uma vergonha para a justiça capixaba".
"Progressão de pena é para quem tem pena menor, ele pegou quase 20 anos. Essa decisão é dizer que a vida humana não vale nada. Agora o mandante está na rua, feliz com a família dele, enquanto destruiu uma família inteira. Quem quer matar no Espírito Santo pode contratar alguém, que vai ser solto rápido. Muitas outras famílias do nosso Estado devem estar sentindo a dor que estou sentindo, uma sensação de impunidade, de incentivo ao homicídio", acrescentou.
A situação se torna ainda pior, segundo Aparecida, pelo fato de que sua mãe está com câncer avançado e, bastante lúcida, questiona de tempos em tempos se o assassino de seu filho ainda está preso. "Eu digo sempre, 'está, mamãe', mas agora que sei que está livre, não tenho coragem. O único pedido que ela faz é de que não morra sem ver a justiça ser feita, mas ela vai morrer e não vai ver isso acontecer", desabafa.
Diante da soltura de Pagotto, Aparecida também diz temer pela própria vida. "Se acontecer alguma coisa comigo, a culpa é da justiça, que soltou um homem que mesmo estando preso, dizia que me mataria, que soltou uma pessoa que pode colocar em risco a mãe de duas filhas, a avó de um neto, uma pessoa honesta. Sou cadeirante, não tenho como me defender, não tenho como correr", denuncia.
'É fácil matar no Espírito Santo, uma terra sem lei, de pistoleiros'
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Comentários: 3
Que país é essa? Já dizia o grupo Legião Urbana.
No direito há um jargão " o crime não compensa."
No Brasil, para os criminosos o crime compensa.
Está mais do que provado.
Se fosse nos EUA seria no mínimo uma perpétua.
Reflita
Esse homem é terrivel, ele comprou uma quantidade muito grade de terras aquí na Bahia, ele é terrivel com todo mundo, está sempre ameaçando matar as pessoas aquí, ele não deixa a coelba colocar energia nas casas das familias pobres q vivem em terras pequenas para elas vederem suas terras barato para ele, ameça matar os pescadores, e mandou derrubar as casas das familias q vivem na beira da estrada, quando ele estava preso todo mundo estava em paz, agora toda gente está desesperada, todo mundo sabe q essas terras foram compradas com dinheiro roubado dos cofres publicos, mas a justiça não faz nada.
É verdade, logo depois q ele mandou matar o advogado ele comprou muitas terras na cidade de ITAMARAJU e TEXEIRA DE FREITAS, todos falam que ele comprou com dinheiro de fraudes, as terras estão no nome de sua esposa e filhas, lá na Bahia ele é conhecido por ser um homem muito bruto, sempre ameaçando as pessoas por lá.