Ato marca luta de Paulo Vinha em defesa do meio ambiente

O ato é organizado pelos mandatos petistas do deputado estadual Cláudio Vereza, da deputada federal Iriny Lopes, da senadora Ana Rita Esgário e do vereador de Vila Velha José Nilton. “Paulo Vinha foi morto na linha de frente da luta pela vida; pelo meio ambiente. Vinte anos se passaram e queremos relembrar Paulo Vinha, sua luta, seus ideais”, exalta Vereza.

 

Na última terça-feira (23), em pronunciamento, a senadora Ana Rita convidou a população a participar do ato, para demonstrar que a luta do ambientalista não foi em vão, e lamentou a impunidade dos responsáveis pelo assassinato. “Um homem vale pelo que faz, pela sua capacidade de servir a humanidade, pela sua determinação, dignidade e coragem para lutar até o fim pelos seus ideais”.

 

Dentre apresentações de diversas artes, como a dança, a música, a poesia, a literatura de cordel e outras expressões da cultura popular, será feita a leitura do Cordel Paulo Vinha, de Kátia Bobbio, e apresentação de banda de congo. 

 

Paulo Vinha era protetor das áreas de restinga e ativista contra a exploração de territórios à beira-mar, além de militante do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 15 de abril de 1993, treze dias antes de ser assassinado, convenceu a prefeitura de Vila Velha a proibir a retirada de areia que acontecia na região do Parque Estadual de Setiba.

 

Após ameaças, foi assassinado pelos irmãos Ailton Barbosa Queiroz e José Barbosa Queiroz, empresários, enquanto documentava com fotos uma área devastada do mesmo parque que, após o ocorrido, foi batizado Parque Estadual Paulo César Vinha. Os responsáveis ainda estão impunes.

 

No Parque Estadual Paulo César Vinha, são encontradas mais de 120 espécies de aves, inclusive espécies raras, como a cegonha. Possui uma rica flora composta por orquídeas e bromélias, em vegetação de mata atlântica litorânea e manguezais, cuja principal formação florestal é a restinga. O parque é localizado no município de Guarapari.