Domingo, 19 Mai 2024

Sindipúblicos denuncia secretário estadual de Meio Ambiente ao Ministério Público

Sindipúblicos denuncia secretário estadual de Meio Ambiente ao Ministério Público
O Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos) entrou com representação no Ministério Público Estadual (MPES) e na Ouvidoria do Estado contra o secretário de Meio Ambiente, Aladim Cerqueira, solicitando a instauração de inquérito para apuração das graves denúncias quanto a ingerência dele nos processos de licenciamento ambiental das obras do Hospital Geral de Cariacica (HGC).



Conforme denunciado na última quarta-feira (30) neste Século Diário, o titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) emitiu parecer contradizendo o posicionamento do corpo técnico do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), na tentativa de negar a existência de nascentes e corpos d'água na área pretendida pelo governador Paulo Hartung (PMDB) e o prefeito Juninho (PPS) para a construção do Hospital.



Os técnicos do Iema afirmaram a necessidade de proteção da Área de Preservação Permanente (APP), mas o secretário desmereceu os estudos técnicos da autarquia, dizendo não haver APP, recomendando a emissão da Licença Prévia para o empreendimento, que é uma das prioridades da atual gestão.



Seu parecer consta nas folhas 95 a 103 do processo, de nº 72965606, e é seguido pelo então diretor técnico do próprio Iema, Albertone Sant´Ana Pereira, que também recomenda a exclusão de qualquer menção à APP e a liberação das obras.



Segundo o Sindipúblicos, “a postura do secretário, além de ilegal, pode ser considerada como advocacia administrativa, ou seja crime previsto no artigo 321 do Código Penal Brasileiro: "Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena – detenção, de um a três meses, ou multa”.



Não cabe a Aladim Cerqueira, como aponta a entidade, a intervenção em processos que visem à concessão de licenças, seja para o poder público ou particular. “Tudo isso só reforça a necessidade de autonomia do Iema como autarquia responsável pelo exercício do Poder de Polícia Ambiental. Se essas condutas são observadas na atual situação, imagine se o Iema virar uma subsecretaria da Seama, como tem sido defendido pelo secretário”, alerta o sindicato.

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