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Almir Vieira diz que há ???altos interesses??? em sua cassação

Em discurso na tribuna da Assembleia, na sessão desta quarta-feira (9), o deputado Almir Vieira (PRP) comentou, em tom duro, as denúncias de que teria recebido financiamentos de associações – o que é proibido pela lei eleitoral – e de ter usado laranjas para receber a doação. O deputado entende que há interesses políticos por trás da denúncia, que foi feita pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). 
 
Segundo a denúncia, o deputado teria desviado R$ 1.2 milhão da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo (AFPES). O MPE pede a cassação do mandato do parlamentar. No discurso na Assembleia, Almir Vieira disse que foi pego de surpresa quando procurado pelos meios de comunicação e que o processo está em segredo de justiça. 
 
“Hoje é meu nome que está sendo jogado na mídia indevidamente, denegrindo a minha imagem, amanhã poderá ser qualquer um dos senhores. Isto nos leva a crer que altos interesses estejam por trás dessa tentativa de manchar a minha imagem junto à opinião pública capixaba, em especial a população de Anchieta, onde correm rumores que vou colocar o meu nome pra concorrer ao pleito de 2016, como candidato a prefeito”, disse o deputado.
 
O parlamentar disse ainda que a informação de que ele preside a AFPES não procede e apresentou a estrutura da entidade ao plenário. A associação, segundo o deputado, é composta por 36 membros associados, divididos em três conselhos: dliberativo; executivo e fiscal.
 
“Me afastei da presidência do Conselho Executivo por tempo indeterminado em 5 de abril de 2014, ou seja, seis meses antes do dia da eleição, e não há três meses como está escrito na denúncia.  Portanto, não tenho mais nenhum vinculo com a AFPES e provo o que digo apresentando o meu documento de afastamento, que é a Resolução n.003-14-CD-AFPES que, inclusive, é assinada pelo presidente do Conselho Deliberativo da AFPES, coronel João Nascimento dos Reis”, disse.
 
Quanto à acusação de desvio de verbas da entidade e que os saques teriam sido realizados pelo motorista João Augusto da Rocha, o deputado afirmou que os valores são provenientes de serviços prestados pela DCR Construções, empresa em que João Augusto da Rocha é sócio proprietário, o deputado apresentou aos colegas cópias de contratos que comprovariam que os valores são provenientes da prestação de serviços da DCR a várias outras empresas, em especial a empresa Bemo do Brasil Engenharia e Montagem, com sede na Av. Prestes Maia, 539, na cidade de Diadema – Estado de São Paulo, no valor de aproximadamente R$ 1 milhão, serviço que foi prestado no aeroporto de Guarulhos.
 
“O representante do Ministério Público ainda me denunciou por ter doado para minha campanha o valor de R$ 45 mil. Quero aqui informar que o montante da minha doação foi proveniente de economia mês a mês do meu saláario e que o total está dentro dos parâmetros legais: a lei diz que o candidato pode doar até 50% do valor declarado no calendário ano anterior apresentados ao TRE”, disse o deputado.
 
Sobre a denúncia de que que o diretor Aldemir Pereira da Silva teria movimentado R$ 97 mil em operações de débito e crédito e que parte deste dinheiro teve como destinação a conta de campanha, o deputado afirmou que ele nunca foi diretor da AFPES. “Na verdade, ele é contratado pelo regime da CLT, desempenhando função de tesoureiro da instituição e recebe normalmente seu salário mensal, igual aos quase 600 funcionários da instituição, que conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, pessoal administrativo e limpeza”, explicou.
 
O deputado afirmou que não existem elementos das acusações e que acredita que conseguirá provar inocência. “Tenho o sagrado direito da ampla defesa e do contraditório, não fui julgado ainda pelas acusações que me são imputadas, não existem provas contra mim, não existe nenhuma sentença proferida contra a minha pessoa. Acredito nas instituições do nosso Estado em especial no Judiciário, que sempre promoveu a justiça com muito zelo e imparcialidade”, disse encerrando o discurso. 
 
Vou provar minha inocência e exercer o mandato que me foi conferido pelo voto legítimo da população com muita dignidade, transparência e ética. Agradeço a todos que continuam acreditando no meu trabalho”. 

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