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Após escândalo, Vidigal pede demissão do Ministério do Trabalho

Sérgio Vidigal (PDT) não é mais secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho. O ex-prefeito da Serra entregou o cargo nesta sexta-feira (13). Na quinta-feira (12), Vidigal chegou a ser nomeado pelo ministro Manoel Dias para conduzir a comissão que apuraria as denúncias de corrupção na pasta. 
 
O então secretário teria a missão de analisar os convênios do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e com o Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC). As supostas irregularidades nos convênios deflagraram, no início desta semana, a operação Escopo, da Polícia Federal. 
 
Durante toda essa quinta-feira o clima no MTE era de apreensão. O ministro Manoel Dias, após ter uma conversa reservada de duas horas com a presidente Dilma Rousseff, foi confirmado na pasta. Em seguida, Dias anunciou que Vidigal – que chefiava a secretaria mais importante do Ministério – conduziria o “pente-fino” para apurar as denúncias de corrupção envolvendo a pasta. 
 
A escolha de Vidigal aumentou o mal-estar dentro do governo e da própria cúpula do PDT. Os que se colocaram contrário à escolha do então secretário, lembraram que Vidigal, em 2008, quando governava o município de Serra, firmou convênio com a IMDC, ONG que é investigada pela PF. O convênio firmado com o então prefeito serrano, no valor de R$ 4,6 milhões, ainda estaria em vigor. 
 
Ainda nessa quinta-feira, um grupo de pedetistas exigia que o partido entregasse a pasta para a presidente Dilma. Houve polêmica. O presidente nacional da sigla, o ex-ministro Carlos Lupi, que continua dando as cartas no Ministério, falou mais alto e afirmou que o PDT continuaria à frente do MTE. 
 
Defensores da posição de Lupi alertavam que a entrega da pasta em meio às denúncias de corrupção envolvendo funcionários do MTE seria o mesmo que o partido assinar uma confissão de culpa. 
 
Pronto Emprego
 
Segundo informações da Polícia Federal Sérgio Vidigal é um dos investigados na Operação Pronto Emprego, que também apura fraudes no repasse de R$ 47,5 milhões do MTE à ONG  Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat).
 
Um dos assessores de Vidigal, Gleide Santos Costa, foi preso na semana passada, em São Paulo. Ele é acusado de favorecer a Ceat. A ONG é suspeita de desviar cerca de R$ 18 milhões de convênios financiados pelo Ministério. 

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