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Assembleia aprova PEC da Reeleição

A Assembleia Legislativa aprovou na tarde desta segunda-feira (17) o segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do deputado Luiz Durão (PDT), que altera o § 5º do artigo 58 da Constituição do Estado, permitindo a reeleição do presidente da Assembleia Legislativa para o cargo dentro da legislatura.

Assembleia aprova em 1º turno PEC que permite a reeleição de Ferraço

Deputados esvaziam plenário para não votar PEC da reeleição de Theodorico Ferraço 

Com a aprovação da matéria, o atual presidente Theodorico Ferraço (DEM) fica livre para disputar o quarto mandato consecutivo à frente da Mesa Diretora do Legislativo Estadual. Dos 24 deputados que votaram a matéria, apenas quatro foram contrários: Sérgio Majeski (PSDB) e José Carlos Nunes (PT) que haviam votado da mesma forma no primeiro turno da votação. Além deles, também votaram contra os deputados Padre Honório (PT) e Guerino Zanon (PMDB).

O tucano foi o primeiro a justificar a votação, lembrando que seu posicionamento não é contrário ao atual presidente ou à atual mesa, mas ao instituto da reeleição para o cargo em si. Majeski lembrou que na eleição passada também votou contra a chapa única, em que Ferraço disputou o terceiro mandato para comandar a Casa.

Guerino Zanon também justificou o voto, destacando que não seria coerente se colocar contra a reeleição, já que já foi reeleito prefeito em Linhares e também vai para o quarto mandato à frente da cidade. Ele não concorda com as constantes mexidas no Regimento Interno da Casa.

Duas movimentações chamaram atenção na votação da PEC. A primeira foi o fato de o líder do governo, Gildevan Fernandes (PMDB), ter orientado pelo voto favorável à matéria, assim como fez no primeiro turno. A posição do deputado mostra que a matéria foi aprovada com o consentimento do Palácio Anchieta. Outra movimentação que também mereceu destaque foi a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Zé Carlinhos da Fonseca, que acompanhou a votação no Plenário da Casa.

Antes da votação, a sessão foi suspensa por 10 minutos, a pedido do líder do governo, para que a proposta pudesse ser discutida com os deputados. Essa movimentação chamou a atenção porque a PEC ficou parada no Plenário durante todo o período eleitoral. A votação do primeiro turno aconteceu no dia 30 de agosto. E o plenário vinha sendo esvaziado pelos deputados para não atingir o quórum mínimo de 19 deputados para a votação da matéria.

A votação pode, porém, não significar uma reeleição garantida para o atua presidente. A especulação de que o secretário de Assistência Social Rodrigo Coelho (PDT) estaria retornando ao cargo de deputado estadual pode ser um indício de que o governo pode investir em outro nome para a disputa na Assembleia. Com o desgaste político sofrido por Ferraço nas derrotas de seus aliados no sul do Estado, o governo não teria dificuldades em tirar Ferraço do páreo para eleger um aliado de maior confiança do Executivo.

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