Base aliada quer lugar na mesa eleitoral ao lado do PT, PSB e PMDB

A pretensão do PDT no Estado para a eleição deste ano é conhecida nos meios políticos. O partido quer aumentar as chances de reeleição de seus quatro deputados estaduais e garantir a eleição de sua principal estrela, o ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal, para a Câmara dos Deputados. Mas diante da forma que o processo vem sendo conduzido pelo Palácio Anchieta, muda a estratégia dos partidos da base aliada. O PDT é um deles. 

 

Nessa terça-feira (11), o deputado estadual Josias da Vitória anunciou o lançamento da candidatura de Vidigal ao Senado, e o que a princípio surpreendeu os aliados, recebeu nos meios políticos uma leitura mais aprofundada. 

 

O PDT, assim como as demais legendas que pretendem permanecer no palanque do governador Renato Casagrande, está insatisfeito com a mesa de negociação do processo eleitoral, que vem sendo compartilhada apenas por três lideranças: o governador Renato Casagrande, PSB; o ex-governador Paulo Hartung, PMDB e o ex-prefeito de Vitória João Coser, PT. 

 

Como é o segundo maior partido do Estado em número de filiações, o PDT quer espaço nesta mesa. “Entendemos que o partido é um dos maiores do Estado hoje e tem tamanho suficiente para tentar espaços maiores”, disse Da Vitória.

 

Neste sentido, o “lançamento” da candidatura de Vidigal ao Senado seria uma forma de o partido pressionar o grupo a ganhar também lugar na mesa de negociação. Essa movimentação do PDT reflete a insatisfação de outros partidos que também tiveram importância na construção da unanimidade e se sentem alijados do processo. 

 

Por isso, a tendência é de que outras lideranças venham a fazer movimentações no sentido de pressionar o grupo. A intenção é conseguir a acomodação necessária para os principais partidos na disputa proporcional, que assim como o PDT, também têm prioridade nas disputas de deputado estadual e federal.