A cúpula do PSB se reuniu esta semana para definir seu posicionamento em relação ao governo federal. Entre as deliberações, está o apoio ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e se opor a novo imposto. Presente na reunião estava o secretário-geral do partido, o ex-governador Renato Casagrande.
O socialista também esteve presente na sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que definiu a liberação da criação do novo partido de Marina Silva , o Rede Sustentabilidade. O convite à cúpula socialista foi feito pela própria presidenciável, como forma de reconhecimento pelo abrigo aos simpatizantes do partido, com a negativa da criação em 2013.
As movimentações de Casagrande em nível nacional não se restringem às atividades como segundo homem do partido. Hoje, o ex-governador vem traçando uma movimentação que seria mais voltada para seu próprio futuro, em voos mais distantes do Estado.
O ex-governador é cotado para a presidência do PSB e estaria se aproximando do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, visando à eleição 2018. Com o PSB em suas mãos, ele poderia pleitear uma candidatura a vice. Isso se o PSDB entender que a postura mais moderada de Alckmin é mais estratégica do que a oposição dura de Aécio Neves.
Mas isso dependeria de outros fatores incutidos no cenário nacional como, por exemplo, quem seria o candidato do grupo do PT a disputar a eleição de 2018. Caso haja condições de o ex-presidente Lula entrar no jogo, o nome do adversário tucano deve ser escolhido com muita cautela. A situação política e econômica do País também deve influir neste cenário.
Embora esteja se movimentando em nível nacional, Casagrande não descuida dos movimentos do PSB local, embora a estratégia de tentar represar a saída de lideranças socialistas seja considerada equivocada. O partido vem conquistando poucas adesões de novos quadros em relação às outras siglas, o que prejudica a oxigenação do partido e a busca de uma fortalecimento depois da derrota em 2014.
