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De olho na eleição de 2018, Magno Malta tenta se reinventar com criação de nova bandeira

Depois de errar em algumas escolhas, o senador Magno Malta (PR) parece ter finalmente acertado no discurso que deve levar para a disputa à reeleição para o seu terceiro mandato no Senado. Malta que já se apresentou várias bandeiras em suas campanhas, a maioria subjetiva e com pouca efetividade, mas com grande apelo popular.

Agora, em um cenário de grande insatisfação da população com a classe política, o senador propõe a redução dos salários nos três poderes e sua movimentação começa a ganhar as redes sociais, com manifestações de apoios de eleitores. Essa é uma bandeira que pode lhe garantir o terceiro mandato. O senador Magno Malta deu entrada com a PEC, que reduz os salários dos servidores dos três poderes para R$ 15 mil por 20 anos.

Malta vem perdendo espaço político nos últimos anos e sempre disputou as eleições com bandeiras que lhe garantiam muita visibilidade. Em sua primeira disputa ao Senado, em 2002, foi a participação na CPI do Narcotráfico que lhe rendeu a pauta para sair da Câmara dos Deputados para o Senado.

O senador teve de se licenciar do cargo em por problemas de saúde, dando espaço ao suplente Xyco Pneus, que acabou se envolvendo em um escândalo, desbaratado pela Operação Esfinge, deflagrada em 2006 e que investigou crimes de descaminho, sonegação fiscal, falsificação de documentos públicos e particulares e corrupção.

Isso acabou desgastando o titular da vaga, que ao retornar ao Senado, investiu na CPI da Pedofilia, que acabou trazendo um ganho à sua imagem e ajudou a construir o discurso para a reeleição, em 2010, que foi “enriquecido” com a defensa da redução da maioridade penal, promessa de campanha que não conseguiu cumprir.

Após uma investida que não conseguiu emplacar de disputar a eleição presidencial, Magno Malta ficou em baixa e sua reaproximação com o governador Paulo Hartung, a quem sempre combateu politicamente, também não soou bem aos seus eleitores.

A nova bandeira, que se propõe moralizadora, agrada um eleitorado menos ligado à suas defesas conservadoras e mais preocupadas com a falta de isonomia entre os recursos recebidos por parlamentares e magistrados e o trabalhador comum. Uma boa estratégia para quem pode ter uma disputa acirrada ao Senado em 2018.

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