Faltando mais de 15 dias para a disputa do segundo turno em Vitória, os aliados do prefeito Luciano Rezende (PPS) já tem feito movimentos futuros, o que para os meios políticos é intempestivo. O vereador Fabrício Gandini (PPS), mais bem votado da eleição proporcional na Capital, já inicia as articulações para retornar ao comando de fato da Câmara Municipal de Vitória, mesmo estando tão distante da escolha da presidência da Mesa Diretora.
Para as lideranças políticas, as movimentações de Gandini reforçam a ideia de que o prefeito quer cercar seu novo mandato, apenas de aliados mais próximos, o que para alguns vereadores mostra falta de confiança nos demais membros da Câmara, mesmo aqueles que estiveram com ele no palanque.
Nos bastidores, os comentários são de que mesmo quando não tinha seu homem de confiança na presidência da Casa, Gandini continuou mantendo forte influência na Mesa. O esforço da máquina foi voltado para a reeleição do vereador, que pode fortalecer ainda mais seu grupo político. O vereador mais votado em Vitória pela segunda eleição consecutiva, tem como meta se eleger deputado federal em 2018.
Ao mesmo tempo, outros aliados mais afastados do grupo saíram prejudicados no processo, como o próprio presidente da Casa, Namy Chequer (PCdoB), e o líder do governo, Rogerinho Pinheiro (PHS), que ficaram pelo caminho na eleição desta ano.
Mesmo tendo a maioria do plenário da Câmara, como aconteceu em boa parte de seu primeiro mandato, o prefeito quer governar, caso vença o segundo turno, com o controle do legislativo na mão de aliados mais próximos. E o mais próximo deles é Gandini.
Para disputar com ele, a vereadora Neuzinha Oliveira (PSDB), que vai para o quarto mandato e teria experiência para o cargo. O partido dela esteve no palanque de Lelo Coimbra (PMDB) no primeiro turno e agora se une ao grupo de Luciano Rezende, mesmo assim, a aliança não é suficiente para que haja a confiança necessária do Executivo para que ela tome a frente de Gandini.
