Discurso de prefeitos em defesa da 'unidade' chega atrasado no debate eleitoral
Nesta quinta-feira (24), a Associação dos Municípios do Estado (Amunes) reúne os prefeitos para uma assembleia geral. Em pauta estará o cenário eleitoral deste ano e o discurso já está definido. Os gestores querem a manutenção da unanimidade, evitando um confronto pelo Palácio Anchieta que consolide a separação da classe política.
Esse discurso ganhou fôlego com o encontro dos prefeitos coordenadores de setores da Amunes em Viana na semana passada. O encontro foi mais uma forma de medição de forças entre os principais atores da disputa eleitoral, já que foi marcado por muita articulação para lotar e esvaziar o almoço, mostrando a impossibilidade da manutenção da unanimidade.
Esse discurso ganhou fôlego com o encontro dos prefeitos coordenadores de setores da Amunes em Viana na semana passada. O encontro foi mais uma forma de medição de forças entre os principais atores da disputa eleitoral, já que foi marcado por muita articulação para lotar e esvaziar o almoço, mostrando a impossibilidade da manutenção da unanimidade.
Para os meios políticos, porém, o discurso dos prefeitos chega atrasado na discussão do cenário eleitoral. A conjuntura política aponta para uma disputa, no mínimo, polarizada entre o governador Renato Casagrande e o ex-governador Paulo Hartung (PMDB).
Os prefeitos ainda sonham com a chapa de consenso tendo o governador Renato Casagrande disputando a reeleição e o ex-governador Paulo Hartung na vaga ao Senado. Mas essa composição não é mais possível e haverá o embate eleitoral. Por isso, os prefeitos devem escolher um lado.
Numericamente e partidariamente, Casagrande leva vantagem, já que o PSB tem 22 prefeitos contra 15 do PMDB. Mas a questão vai bem além da questão partidária. As pesquisas eleitorais feitas na Grande Vitória, de forma separada ajudaram a criar um cenário artificial de disputa, em que o ex-governador se coloca em vantagem, o que não aconteceria, para alguns observadores, se os levantamentos fossem feitos em nível estadual.
Com essa impressão de disputa favorável a Hartung, o mercado começou a sentir a pressão e a possibilidade de esvaziamento do palanque de Casagrande começa a se tornar real. Mas o governador tem conseguido criar uma imagem boa no interior com o eleitorado e vem conseguindo contornar problemas, evitando focos de incêndio como aconteceu com o pedágio da Terceira Ponte.
A tendência é de que os prefeitos, assim como o restante da classe política, se dividam em relação aos palanques apresentados para a disputa do governo.
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