Além da preferência dos eleitores de São Mateus, norte do Estado, pelos candidatos apresentados para a disputa eleitoral deste ano, a pesquisa Brand/Século Diário, apontou também os principais problemas a serem atacados pelos postulantes à prefeitura. Nos levantamentos, fica evidente como a questão da água afeta o processo eleitoral mateense.
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Aos eleitores, a pesquisa Brand/Século Diário perguntou quais seriam os principais problemas de São Mateus, aceitando até três respostas. O abastecimento de água apareceu em primeiro, com 64,8%. O problema veio seguido do desemprego, com 57,3% e saúde com 36,8%.
A crise hídrica contribuiu para a diminuição do nível dos rios, sobretudo o Cricaré, permitindo a invasão da água do mar, o que faz com que a população receba em suas torneiras, água salgada imprópria para o consumo, uma situação que se arrastou durante todo o ano. A situação piora porque a municipalidade não tem conseguido encontrar soluções para a captação de água, permitindo que a situação se agrave.
A pesquisa perguntou aos moradores do município, como avaliava o serviço de abastecimento de água do município e a para a maioria, 55,8% ele é péssimo. Para outros 16%, o serviço é ruim. Para 15,8% ele é bom e apenas 0,8% considera ótimo. Outros 10,5% consideram regular.
A salinidade na água é a responsável por esse resultado. Para 77% dos entrevistados este é o maior problema do serviço de abastecimento de água de São Mateus, além da soma com os 10,3% que consideram a água suja. Para 43,3% a falta de água também é um grande problema e para 24,8% a tarifa é um problema.
Melhorar o abastecimento de água é a demanda que deve ser a prioridade do novo prefeito para 50% dos entrevistados. Seguido de perto por melhorar o atendimento à saúde e diminuir a alta taxa de desemprego no município. Demandas de 39,3% e 39% dos entrevistados.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob nº ES-09857/2016. Foram entrevistados 400 eleitores residentes em São Mateus entre os dias 30 e 31 de agosto. A margem de erro máxima estimada é de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos. A responsabilidade técnica pela amostra é da estatística Miriam Ignácio de Almeida.

