Sexta, 29 Março 2024

Em desvantagem no jogo político, Hartung tenta rivalizar com Malta

Na disputa de espaço político visando criar musculatura para o cenário de 2014, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) tenta rivalizar a disputa deste ano com o senador Magno Malta (PR). Diante da relutância do governador Renato Casagrande em subir nos palanques dos aliados, o campo ficou solto para essas duas lideranças. Malta, para os meios políticos, leva uma grande vantagem devido à sua postura na disputa.



Enquanto Hartung vem correndo municípios pequenos e fazendo caminhadas ao lado de candidaturas já consolidadas como francas favoritas para vencer a eleição deste ano, Magno tem andado o Estado e trabalhado em grandes palanques, independentemente das condições de vitória de seus aliados.



Hartung tem evitado a Grande Vitória e cidades de maior peso político no Estado, já que na maioria desses colégios a disputa está indefinida. Magno já definiu seu discurso em Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra. Também tem apoiado a disputa de Glauber Coelho (PR), em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado.



Na disputa de bastidores, o ex-governador tem tentado um antigo expediente, que parece não
surtir o mesmo efeito dos oito anos em que esteve no governo. Hartung tentou estabelecer novamente o maniqueísmo que foi uma marca de sua política na última década. Com o apoio de parte da mídia, o ex-governador tenta colar na imagem de Malta uma ideia de que ele prejudica os aliados com os quais caminha.



O problema é que os recentes escândalos envolvendo o governo de Hartung colocam por terra a tentativa de estabelecer essa disputa do bem contra o mal, colocando Hartung como uma figura política imaculada, enquanto o restante representaria o “retrocesso”.



O ambiente político, porém, não deixa espaço para que o ex-governador imprima novamente essa atuação, que consiste em eliminar da disputa os adversários, para que o campo fique limpo para seus aliados. Na disputa na rua, Magno leva vantagem por ter mais condições de captação de votos e sua presença no palanque fortalece os candidatos, pela facilidade do senador em dialogar com o eleitorado, capacidade que Hartung ainda não demonstrou.



Enquanto isso, o governador Renato Casagrande, candidato natural à reeleição em 2014, observa a movimentação do senador e do ex-governador. O socialista já demonstrou uma aproximação com o senador, na medida em que fez várias alianças com o PR na disputa deste ano. Já com o ex-governador, Casagrande vem mantendo uma política de evita atritos. O desempenho das urnas vai dar o direcionamento  das composições futuras.

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