A Assembleia Legislativa vai ganhar uma composição inédita na era Paulo Hartung (PMDB): a figura do líder da oposição. O pedido para a criação da função foi apresentada pelo deputado Sérgio Majeski (PSDB) no final da sessão desta terça-feira (2) à Mesa Diretora, que colocou a proposta para a votação simbólica do plenário.
A proposta passou com facilidade. A expectativa é de que o próprio autor da proposta, deputado Sérgio Majeski, ocupe o novo posto. Além dele, os deputados Theodorico Ferraço (DEM), Marcus Bruno (REDE), Josias Da Vitória e Euclério Sampaio, do PDT, e os deputados Freitas e Bruno Lamas, do PSB, têm feito uma linha desafinada da base. Mas Majeski parece ser o mais determinado na oposição.
Com a função da liderança da oposição, o tucano poderá encaminhar matérias, votando contra as proposições do governo, que entender não tiverem ressonância na sociedade. Além disso, como líder, ele poderá discorrer sobre qualquer assunto e não necessariamente sobre a matéria em pauta.
O tempo para que o líder possa falar no horário das lideranças, por 20 minutos, além de ter assento na reunião do colégio de líderes, que se reúne uma vez por mês ou em sessões extraordinárias para debater assuntos da Casa. Com a nova função, Majeski deixaria de depender do líder de seu partido, Marcus Mansur para garantir tempo para suas falas.
O deputado muda a relação com a Assembleia e com o governo, podendo fazer o enfrentamento das ideias com a liderança do governo. Majeski e Gildevan já vêm travando alguns debates acalorados no Plenário, com a função de líder da oposição, a tendência é de que o clima fique cada vez mais pesado entre ambos.