Peso das lideranças na disputa em Vitória é maior que dos partidos
O anúncio da decisão do deputado estadual José Esmeraldo (PR) de apoiar a candidatura de Iriny Lopes (PT) à prefeitura de Vitória, depois do racha com o partido dele, que retirou seu nome da disputa em favor do palanque de Luciano Rezende (PPS), chama a atenção para o poder das lideranças na disputa da Capital.
Em 2004, Esmeraldo que à época era filiado ao PDT, abriu mão da disputa para apoiar a candidatura do petista João Coser. Naquele ano, o presidente do PP, Nilton Baiano, desembarcou na candidatura do petista no segundo turno e teve papel importante para a vitória de Coser no embate com César Colnago, do PSDB.
Quatro anos depois, o PP de Nilton e o PDT de Esmeraldo também apoiaram a reeleição de Coser. Este ano, já no PR, Esmeraldo aparecia com cerca de 8% às vésperas do início da campanha, e garante um peso a mais no palanque de Iriny, já que pode transformar a preferência de seu reduto para o palanque do PT. Palanque no qual estará o filho do deputado, o vereador Sérgio Sá (PSB), o que deve ter pesado na escolha do deputado pelo PT.
Depois da reviravolta nas articulações para a disputa na Capital, o PR foi para o palanque de Luciano Rezende, para que o grupo do governador Renato Casagrande pudesse criar condições para que o candidato do PPS disputar o segundo turno contra Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB).
Após a manobra, Esmeraldo rompeu com seu próprio partido e disse que não caminharia com o PR na disputa deste ano. O deputado ficou de decidir se apoiaria Iriny Lopes ou Luiz Paulo.
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