A eleição na Capital do Estado passa pela disputa indireta entre o governador Paulo Hartung (PMDB) e o seu principal desafeto, o ex-governador Renato Casagrande (PSB). A pesquisa Brand/Século Diário mostrou o peemedebista saindo na frente em relação ao candidato que, embora negue, apóia em Vitória o deputado estadual Amaro Neto (SD), mas isso não define a transferência de votos neste momento.
Os entrevistados foram consultados em um cenário em que Amaro recebe o apoio de Hartung e o atual prefeito Luciano Rezende (PPS) o apoio do ex-governador Renato Casagrande.
Amaro Neto apareceu em primeiro lugar com 42,5% e Luciano Rezende, com 28,5%. Outros 23% não votariam em nenhum dos dois, anulariam ou votariam em branco e 6% não souberam responder ou não responderam. O fato de Amaro Neto liderar o processo eleitoral, puxa também o apoiador.

Por isso, neste primeiro momento o debate local da eleição deve deixar de fora os dois principais adversários estaduais. Esse debate pode se estadualizar de acordo com o avanço da campanha e com a chegada do segundo turno e o rearranjo de forças políticas para a nova etapa.
A pesquisa mediu também a popularidade do governador e as respostas ficaram divididas, com aprovação de 50,3% e 39,8% de desaprovação. Não souberam responder ou não responderam 10%.
TV e rádio
Um dos critérios para a construção dos palanques eleitorais é a escolha dos partidos com maior representatividade na Câmara dos Deputados, com o objetivo de conseguir o maior tempo de TV possível. Os programas eleitorais são considerados fundamentais para que os candidatos possam apresentar suas propostas para os eleitores.
Em Vitória fica a maioria das emissoras de TV, enquanto em outros municípios, os candidatos contam com o rádio para falar aos eleitores. A propaganda eleitoral começa no próximo dia 26, mas na Capital, o investimento pode não surtir o resultado esperado.
Segundo a pesquisa Brand/Século Diário, 47,8% dos eleitores pretendem acompanhar a propaganda eleitoral apenas pela TV. Apenas 6% pela TV e pelo rádio, e outros 3% apenas pelo rádio. Mas 42% dos entrevistados não pretendem acompanhar por nenhuma das duas mídias.
Para o consultor associado à Brand, Darlan Campos, as novas regras para a propaganda eleitoral trará elementos interessantes, especialmente os spots (inserções na grade de programação das emissoras de rádio/TV). “Com a audiência rotativa, vts de 30/60 segundos entrarão no ar e vão ganhar um lugar de destaque nas estratégias de campanha”, explica o consultor.
A nova legislação, para Darlan, deve favorecer Amaro Neto. “Na TV, 75% do tempo do candidato devem ser gastos por ele, com a participação dele. Por ser um comunicador, a facilidade frente às câmeras pode deixá-lo em vantagem nesse quesito”, disse.
Ele ressalta, porém, que historicamente os programas eleitorais têm perdido sua importância na campanha. “Mas continuam sendo, sem sombra de dúvida, o mais importante componente da comunicação política de uma campanha eleitoral”, afirmou.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número ES-00315/2016. Foram realizadas 400 entrevistas entre 2 e 3 de agosto. A margem de erro para mais ou para menos é de 4,9%.

