Sexta, 17 Mai 2024

Prefeitos tentam sair fortalecidos das eleições deste ano de olho em 2016

Prefeitos tentam sair fortalecidos das eleições deste ano de olho em 2016

Faltando quatro meses para a eleição, boa parte da classe política só pensa na disputa de outubro. Mas há um grupo que está usando as eleições deste ano como aquecimento, são os prefeitos da Grande Vitória, que estão plantando agora para colher nas eleições de 2016. Eleger seus aliados este ano significa sair fortalecido para a disputa à reeleição, mas o revés desses candidatos podem pôr em risco o projeto dos prefeitos em 2016. E a conjuntura não parece muito favorável para quem está com a caneta na mão.



A disputa mais sintomática desta situação é na Serra, em que a peleja entre o prefeito Audifax Barcelos (PSB) e o ex-prefeito Sergio Vidigal (PDT) já virou tradição política. O socialista, até por força partidária, apoia o governador Renato Casagrande, e deve compartilhar da vitória dada como certa do deputado estadual Vandinho Leite, também do PSB, para a Câmara dos Deputados.



Mas Vidigal, que tende a fechar com o palanque do ex-governador Paulo Hartung, pode ser o mais bem votado do Estado, o que equilibra o jogo entre os dois. Em 2010 foi Audifax quem puxou a fila de deputados federais (foi o mais votado) e se elegeu no primeiro turno da eleição de 2012, superou o rival Sérgio Vidigal.



Em Vila Velha, o desempenho muito aquém do esperado do prefeito Rodney Miranda (DEM) favorece a disputa de seus antecessores. Os ex-prefeitos de Vila Velha Neucimar Fraga (PV) e Max Filho (PSDB) estão fortes na disputa a deputado federal. O prefeito não tem lideranças em seu arco de partidos com o mesmo peso político para enfrentar os adversários, por isso, a expectativa da classe política é de que Rodney saia desgastado da eleição, que pode dar ajudar a pavimentar o retorno de Max Filho ou Neucimar à chefia do município canela-verde.



Em Cariacica a situação é parecida. O prefeito Geraldo Luzia, o Juninho (PPS), também não foi bem avaliado no primeiro ano. Enfraquecido, Juninho não conseguiu criar candidaturas entre seus aliados capazes de minar o capital eleitoral do ex-prefeito Helder Salomão (PT), que também é um dos que vêm forte este ano na briga por uma cadeira na Câmara dos Deputados. Caso o petista confirma a boa votação, o cenário de outubro pode se repetir em 2016, dificultando a reeleição de Juninho.



Na Capital, a disputa é de risco. O ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) colocou o nome à disposição do partido para concorrer ao Senado. O ex-prefeito João Coser (PT) tenta encontrar uma acomodação para sua candidatura na mesma vaga. O prefeito de Vitória Luciano Rezende (PPS) aposta suas fichas na eleição do vereador Fabrício Gandini (PPS), presidente da Câmara de Vitória. Mas se Vellozo ou Coser vencer a disputa ao Senado, virá fortalecido para enfrentar o prefeito em 2016. Neste sentido, a eleição de Gandini pode ter efeito contrário para o prefeito, principalmente se o ex-governador Paulo Hartung vencer a disputa ao governo do Estado, já que os dois hoje são desafetos declarados.

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