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Presidente Dilma Rousseff vem ao Estado na próxima semana

Foi uma longa espera, mas finalmente os capixabas receberão a visita da presidente Dilma Rousseff. O presidente regional do partido, João Coser, confirmou que a presidente chega aao Estado na próxima quarta-feira (2). Coser ainda não deu detalhes da agenda, mas é certo que Dilma participa da cerimônia de formatura dos estudantes capixabas participantes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Pela legislação eleitoral, a presidente tem até o próximo dia 5 para participar de atos públicos.
 
Esta é a segunda vez que Dilma vem ao Espírito Santo.  A primeira foi emergencial, durante as fortes chuvas, na véspera de Natal. Mas a passagem da presidente naquele 24 de dezembro de 2013 foi emergencial, em meio a uma catástrofe. Desta vez, haverá uma agenda sem atropelos.
 
A agenda pode ser administrativa, mas as consequências políticas da vinda de Dilma ao Estado são grandes neste período de definição do cenário eleitoral. O PT acaba de lançar candidatura própria ao governo do Estado, que será abonada em Convenção do partido neste sábado (28). 
 
Para o PT capixaba a visita acontece na hora certa. O partido lançou a candidatura a governo com o deputado Roberto Carlos, que não vinha sendo cogitado para a disputa até este mês, por isso, entra fragilizado na disputa. A presença da presidente também fortalece a participação de João Coser na disputa ao Senado. 
 
Além disso, Dilma vem ao Estado em um momento em que o ex-governador Paulo Hartung se afasta do PT e se aproxima do adversário da presidente, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). 
 
Mas nem tudo é festa. O cenário que se construiu sobre a imagem da presidente no Estado não é favorável. A classe política ganhou na imprensa capixaba um aliado para jogar no governo federal a responsabilidade por problemas estruturais. 
 
Parlamentares e críticos do governo federal, passaram a cobrar a  liberação das obras do aeroporto, mesmo estando o projeto embargado por desvio de verbas, a pressão pela diminuição de repasses federais, ignorando a deficiência do Estado na elaboração de projetos que possibilitem o acesso aos recursos e o discurso de discriminação do governo central em relação ao Espírito Santo se propagou.
 
Além disso, o fato de a presidente ter perdido a eleição no Espírito Santo, em 2010,  também contribuí para a falta de interesse da petista no Estado. Diferentemente de seu antecessor, Lula, que veio ao Estado dez vezes em oito anos de governo. 

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