O movimento na Assembleia Legislativa para garantir a antecipação da eleição para a presidência da Mesa Diretora da Casa já conta com nove assinaturas. A articulação é liderada pelo segundo secretário da Mesa, o deputado estadual Cacau Lorenzoni (PP). Porém, o deputado não estaria interessado em garantir a reeleição de Theodorico Ferraço (DEM), mas, sim, o seu próprio espaço político.
Prefeito eleito de Marechal Floriano nessas eleições, Lorenzoni enfrenta problemas com suas contas de campanha, o que pode comprometer sua posse em janeiro próximo. Se Lorenzoni conseguir antecipar a eleição da Mesa, ele ficaria na Assembleia, mantendo seu espaço no grupo de Ferraço. Como a PEC aprovada recentemente para garantir a reeleição na mesma legislatura, não permite que os secretários se candidatem ao mesmo cargo, Cacau Lorenzoni seria candidato à primeira Secretaria.
Nos bastidores da Casa, os comentários são de que há três nomes na corrida eleitoral da Assembleia. O primeiro é o atual residente, Theodorico Ferraço, afinal a PEC foi feita para que ele pudesse concorrer. Este seria o quarto mandato de Ferraço, mas depois da derrota na eleição nos municípios que formam sua base no sul do Estado, a manutenção do cargo seria a garantia de espaço político no Estado.
Outro nome que corre nos corredores é do deputado licenciado Rodrigo Coelho (PDT), que estaria deixando a Secretaria de Assistência Social do Estado para retornar à Assembleia para disputar a presidência. O pedetista tem deixado transparecer que seu nome seria uma indicação do governador Paulo Hartung (PMDB), mas segundo interlocutores palacianos, o movimento não tem a interferência do governador. Coelho é um candidato independente, que não conta com o apoio do próprio partido.
O terceiro na corrida é o presidente da Comissão de Finanças da Casa, deputado Dary Pagung (PRP). Pagung quer usar a candidatura como moeda de troca para negociar uma cadeira no Tribunal de Contas.