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Ranking de eficiência revela situação preocupante de municípios capixabas

Um mapa bem detalhado sobre o nível de eficiência das gestões dos municípios brasileiros foi lançado pela Folha de S. Paulo nesse domingo (28).  O levantamento gradua as gestões em eficiente, alguma eficiência, pouca eficiência e ineficiente. No que se refere ao Espírito Santo, o estudo ajuda a entender o desgaste de alguns gestões em razão da falta de investimento em determinadas áreas. Em outros casos é possível entender que o desgaste muitas vezes é mais político do que técnico. 
 
É o caso das cidades governadas pelo PT no Estado, em que os atuais prefeitos estão em desgaste e dificilmente vão conseguir fazer sucessores na eleição deste ano. Mas ao observar os dados do Ranking de Eficiência dos Municípios – Folha, a gestão não é tão ruim como parece. Em Cachoeiro de Itapemirim o ranking aponta a cidade como eficiente, em 233º lugar no País. 
 
Com um total de receitas de R$ 357,1 milhões. Com aplicação de 35% na Educação, acima da média nacional de 32%, ma abaixo da média na Saúde. O município aplica 17% contra 24% no País. A cidade tem 6.813 servidores públicos, 3,3 para cada 100 mil habitantes, com um aumento de 71% de 2004 a 2014. 
 
Em Colatina, a situação também não é tão feia quanto parece. A arrecadação R$ 264,5 milhões, sendo 30% aplicados na educação e 28% na saúde. Mas essa não é apenas uma situação complicada para  os prefeitos do PT. Em Linhares, a crise política que envolveu o primeiro mandato do prefeito Nozinho Correa (PRTB), não afetaram as aplicações mínimas, embora o município tenha condições de ter um investimento maior. Foram 25% na educação e 27% na saúde da receita de R$ 513,7 milhões. 
 
Na Grande Vitória, os prefeitos atuais também encontram dificuldade para emplacar suas reeleições, vão ter que brigar pelo cargo, sendo que em alguns casos a reeleição está mais distante do que em outros. 
 
Na região, Vitória é o único que aparece como eficiente no ranking. O município aparece em 40º no ranking, mas é o primeiro entre as capitais e a segunda do Estado. Dos  R$ 1,5 bilhão em receitas totais em 2015, a gestão de Luciano Rezende (PPS) aplicou 22% na educação e 17% na saúde. 
 
Já  Vila Velha, a situação é complicada para o prefeito Rodney Miranda (DEM). O município está em um outro patamar dessas cidades. Aparece com “alguma eficiência”, transferindo apenas 51% dos R$ 844,6 milhões da receita total, sendo 30% para a educação e apenas 13% para a saúde. A situação é parecida com a da Serra, cidade governado pelo prefeito Audifax Barcelos (Rede), que também aparece com alguma eficiência embora aplique 79% das receitas totais, sendo 23% para a educação e 39% na saúde. Cariacica também aparece neste patamar com a aplicação de 79% dos R$ 127,1 milhões das receitas totais. Sento 32% na educação e 24% na Saúde. 
 
A melhor colocação do Estado surpreende. Bom Jesus do Norte, no sul do Estado, aparece em terceiro no ranking nacional como um dos municípios  mais eficientes do País, com transferência de 92% das receitas dos R$ 22,5 milhões que arrecada.

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