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Reeleição de Aécio Neves no PSDB favorece entrada de Ricardo Ferraço no partido

Para a classe política capixaba, a recondução do senador Aécio Neves à frente do PSDB nacional favorece algumas movimentações de lideranças do Estado. O senador Ricardo Ferraço (PMDB) é o mais beneficiado. Para os meios políticos, a aproximação do peemedebista do ninho tucano, que tem sido pela via da Nacional, tende a se intensificar, já que sua ligação com Aécio é forte. 
 
O senador Aécio Neves foi reeleito presidente nacional do PSDB, neste domingo (5). O parlamentar e ex-presidenciável foi reeleito para mais dois anos à frente da sigla, com 99,34% dos votos dos convencionais. Isto significa que ele vai comandar o partido nas eleições municipais e vai preparar o partido para o pleito de 2018.
 
Depois da eleição, Aécio manteve o discurso duro que vem disparando contro a governo federal, a quem responsabiliza pela crise política e econômica vivida pelo País. Durante o event, chegou a dizer que Dilma não completará o mandato. No mesmo caminho, Ricardo Ferraço fez uma publicação em sua página no Facebook, em que faz uma comparação do Brasil com a situação na Grécia.
 
“Maquiagem das contas, aumento do déficit e dos gastos públicos, governo apertando o bolso da população e não cortando da própria carne. Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência. A tragédia grega na Zona do Euro traz ensinamentos ao nosso país. O populismo fiscal, como farsa, é irmão da mentira. Tem pernas curtas e deixa a população com a conta amarga para ser paga. Tem verdades que são universais, e responsabilidade fiscal é uma delas”, diz o senador.
 
A afinidade de Ricardo Ferraço com Aécio Neves é tanta que o tucano chegou a incentivar o capixaba a disputar a presidência do Senado no início do ano, o que acabou trazendo problemas para o peemedebista em seu partido. 
 
Se para Ricardo Ferraço a reeleição e fortalecimento no ninho tucano de Aécio Neves é uma boa notícia, para o governador Paulo Hartung nem tanto. Isso porque na semana passada, o governador, que teve em seu palanque o presidenciável tucano nas eleições de 2014, adotou uma postura de cautela em relação às críticas ao governo federal.
 
Com a economia capixaba vulnerável pelo investimento em commodities, que vem sendo afetado pelas crises internacionais, o Estado vem se tornando cada vez mais dependente do governo federal. Isso, somado aos problemas de popularidade de Hartung em seu início de governo, a manutenção de uma aproximação com a oposição poderia fechar ainda mais as portas do Palácio do Planalto e inviabilizar o trânsito de Hartung em Brasília. 
 
Já para os tucanos capixabas é o reforço de um grupo ligado ao ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, que tem uma ligação maior com o senador Aécio Neves, assim como a ex-deputada Rita Camata, que agora é vogal da Executiva Nacional e também trabalhou na campanha de Aécio. Embora Rita não tenha pretensões eleitorais imediatas, Luiz Paulo pode ser uma aposta para a Capital. 
 
Para a nacional, a conquista de capitais é uma movimentação importante para o fortalecimento do partido para 2018. Por isso, a tendência é de que a cúpula tucana fique de olho na disputa em Vitória em 2016.

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