Saída de Luiz Paulo da disputa ao Senado beneficia João Coser

A leitura dos meios políticos sobre a saída do ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas da disputa ao Senado é de que o cenário beneficia o presidente do PT capixaba João Coser e não a candidata do PMDB, a deputada federal Rose de Freitas. 

 

Se a costura com o PSB tivesse dado certo, Luiz Paulo teria uma candidatura muito competitiva no palanque de Renato Casagrande. Com sua saída do pleito, a tendência é de que a vaga no palanque palaciano fique com o delegado de Delitos no Trânsito, Fabiano Contarato (PR), um candidato competitivo e em condições de brigar com Coser e Rose de igual para igual. 

 

No palanque do PMDB, a candidata ao Senado é a deputada federal Rose de Freitas, mas ela não é o trunfo de Paulo Hartung para o embate. Na relação política do ex-governador, Coser é um aliado muito forte, enquanto Rose de Freitas é desafeta política do ex-governador desde a eleição de Hermes Laranja à Prefeitura de Vitória na década de 1980. 

 

Coser seria o próximo, depois de Ricardo Ferraço, na chamada fila sucessória ao Palácio Anchieta. O petista é hoje uma das poucas lideranças no Estado que teria influência sobre Paulo Hartung. Eleger Coser seria estratégico para o ex-governador. 

 

A leitura dos meios políticos é que Hartung vai reeditar uma estratégia utilizada na eleição de 2010 para o Senado, respeitando a diferença entre os dois pleitos. Na eleição anterior, com duas vagas em disputa, o objetivo era tentar impedir à reeleição de Magno Malta (PR). Neste sentido foi traçada uma estratégia de eleição casada entre Ricardo Ferraço (PMDB) e Rita Camata (PSDB), que estava no palanque tucano.

 

Este ano, a ideia seria desidratar o palanque palaciano e neste sentido o embate no Senado também é peça fundamental no jogo polarizado. Hartung teria dois candidatos contra apenas um de Casagrande. Oficialmente, a candidatura de Rose de Freitas e nos bastidores a rede de apoio do ex-governador trabalharia para a eleição de João Coser.