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Theodorico Ferraço demarca espaço longe de Hartung em encontro do PSB em Cachoeiro

A declaração de apoio de Theodorico Ferraço (DEM) ao ex-governador Renato Casagrande (PSB), para os meios políticos, define de que lado o deputado estadual pretende ficar no processo eleitoral de 2018. Ficou claro que a aliança com o governador Paulo Hartung (PMDB) é irreconciliável. Ferraço foi convidado para participar do encontro da regional do PSB, no último sábado (27), em evento do partido em Cachoeiro de Itapemirim, município governado por Victor Coelho, uma das jovens promessas do PSB.
 
 
“Os caminhos que levam a Roma tudo indica que se o Renato quiser, a gente estará junto com ele”, disse o deputado no encontro. A declaração de Ferraço deixa transparecer a impossibilidade de reaproximação dele com o governador Paulo Hartung e põe em debate os espaços políticos que serão disputados em 2018.
 
Casagrande, claro, disse que a companhia e bem-vinda, mas tratou o apoio incondicional de Ferraço com cautela. Esse cuidado indica que o socialista ainda não definiu seu futuro político, assim como o governador Paulo Hartung. 
 
Para algumas lideranças, com o projeto nacional prejudicado por causa dos arranhões na imagem, a disputa à reeleição ao governo do Estado não é um projeto que possa ser destacado. Na planície e também arranhado por delações, tentar voltar ao governo seria uma manobra arriscada de Casagrande.
 
Para Ferraço, a declaração de apoio ao socialista demarca seu território. Embora o DEM continue na base do governo, o deputado, único representante do partido na Assembleia, não se afina com o Palácio Anchieta. Sua posição, indiretamente, também protege o filho, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), dono da vaga do Senado. A cadeira de Ricardo, aliás, interessa muito o governador.
 
A relação de Ferraço com Hartung desandou depois que ele perdeu o apoio palaciano para a disputa à reeleição para a presidência da Assembleia no início do ano. Ferraço disputava a quarta recondução à Presidência da Assembleia, mas acabou ficando pelo caminho quando o Palácio encampou a candidatura de Erick Musso (PMDB) ao cargo.
 
Na Casa, Ferraço não tem feito uma oposição contundente ao Palácio Anchieta. Mas a movimentação do último sábado indica que sua articulação será a de tentar reforçar o grupo que desalinha com o governador no Legislativo estadual, fortalecendo a imagem de Renato Casagrande.

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