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Vereadores derrubam veto do prefeito e garantem salário de R$ 17,6 mil

Votação marcou placar de 8 a 4, pondo fim à polêmica registrada com Pazolini nas últimas semanas

O salário dos vereadores de Vitória passará de R$ 8,9 mil para 17,6 mil a partir de 2025. A decisão é da maioria dos vereadores presentes na sessão da Câmara desta segunda-feira (12), que derrubou por 8 votos a 4 o veto do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), objeto de polêmica entre a base, em decorrência da repercussão popular negativa da medida. Com a eleição de 2024 já em fase de articulações, a classe política se resguarda de desgastes junto à população.

Votaram pela rejeição ao veto do prefeito os vereadores Aloísio Varejão (PSB), Anderson Goggi (PP), Dalto Neves (PDT), Duda Brasil (União), Karla Coser (PT), Paulo Amorim (SD) e Maurício Leite (Cidadania). O presidente do legislativo, Leandro Piquet (Republicanos), foi o voto decisivo, garantindo o mínimo exigido para a derrubada de vetos.

Piquet se posicionava desde o início contrário ao aumento, mas assumiu defesa pela autonomia do legislativo durante a queda de braço instalada com o aliado e correligionário Pazolini. O voto de Duda Brasil também chamou atenção, como líder do Governo e por ter relatado, na semana passada, pela manutenção do veto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Nesta segunda, mantiveram o veto André Brandino (PSC), André Moreira (Psol), Davi Esmael (PSD) e Leonardo Monjardim (Patri). Os vereadores Chico Hosken (Podemos), Luiz Emanuel (Republicanos) e Vinicius Simões (Cidadania) se ausentaram da sessão.

A polêmica do aumento salarial dos vereadores de Vitória ficou mais acentuada no último dia 5, com a decisão da CCJ que manteve o veto de Pazolini e permitiu que a matéria voltasse a tramitar, ao contrário do posicionamento de Leandro Piquet, que em 31 de maio, devolveu o veto e fez um discurso em plenário criticando o procurador-geral do município, Tarek Moyses Moussallem, livrando o prefeito de responsabilidade. 

O parecer do procurador para justificar o veto apontou que a proposta deveria tramitar por meio de um projeto de resolução, e não por PL, e que, com o 13º, também aprovado, a remuneração anual de um vereador superaria a do prefeito no período de um ano.

O desencontro de versões apresentadas envolve a conversa de vereadores da base do prefeito com o secretário de Governo, Arideldo Teixeira, apontando articulação para manutenção do veto, a fim de evitar a ampliação do desgaste da imagem de Pazolini junto à população.

A proposta de aumento foi apresentada em maio passado pelos vereadores Aloísio Varejão (PSB), Luiz Paulo Amorim (SD) e Maurício Leite (Cidadania), que votaram a favor do projeto, juntamente com Anderson Goggi (PP), Chico Hosken (Podemos), Dalto Neves (PDT), Duda Brasil (UB) e Karla Coser (PT). Votaram contra André Brandino (PSC), André Moreira (PSol), Davi Esmael (PSD), Leonardo Monjardim (Patri) e Vinicius Simões (Cidadania).

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