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Casos de Dengue no Espírito Santo foram maiores do que os de Zika e Chikungunya

Em um ano, foram 45 mil casos de dengue. Contaminações se concentram entre janeiro e março

Os casos suspeitos de Dengue notificados no Espírito Santo foram muito maiores do que os de Zika e Chikungunya durante  as últimas 53 Semanas Epidemiológicas (SEs), que correspondem ao período entre 29 de dezembro de 2019 e 02 de janeiro de 2021. A análise consta no boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (7) pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). Ao todo, foram 44.978 casos notificados, enquanto os de Chikungunya e Zika foram, respectivamente, 15.624 e 1.597. 

De acordo com o boletim, foram registrados 11 óbitos por Dengue no período. Os casos da doença ocorreram em todas regiões do Estado, sendo o município de Boa Esperança, localizado no norte, o de maior incidência nas última quatro Semanas Epidemiológicas, ou seja, no período que compreende entre seis de dezembro de 2020 e dois de janeiro de 2021. A SE com maior índice de notificação de casos no Estado foi a que começou em oito de março e terminou no dia 14 do mesmo mês. 

É perceptível, por meio do boletim, que as semanas com maior registro de casos foram, principalmente, nos meses de janeiro, fevereiro e março. Segundo o infectologista e professor do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ricardo Tristão esse é um período de maior proliferação do mosquito Aedes Aegypti por causa dos índices de calor e de chuva, aumentando o acúmulo de água. “A proliferação não é o único fator de transmissão, mas é bem relevante”, diz. 
Ricardo Tristão alerta que os índices dependem também da quantidade de vírus circulando na sociedade e destaca a influência da urbanização e da estrutura sanitária como um todo, como terrenos baldios e lixões com acúmulo de água. 
Em muitos municípios não foram registrados casos de Dengue. Na Grande Vitória o único onde isso aconteceu foi Fundão. No norte, o fenômeno se deu em Água Doce do Norte, Águia Branca, Aracruz, Barra de São Francisco, Conceição da Barra, Ecoporanga, Governador Lindemberg, João Neiva, Laranja da Terra, Pancas, São Domingos do Norte, São José do Calçado, São Roque do Canaã, Sooretama, Itaguaçu, Mantenópolis, Marilândia, Rio Bananal e Vila Valério. 
No sul, não foram registrados casos em Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Iconha, Rio Novo do Sul, Guaçuí, Jerônimo Monteiro, Muniz Freire, Muqui e Presidente Kennedy. Na região serrana, Domingos Martins, Santa Leopoldina, Marechal Floriano e Conceição do Castelo. Na do Caparaó, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Ibatiba, Ibitirama e Irupi. 

Os casos suspeitos de Chikungunya notificados no Espírito Santo durante as Semanas Epidemiológicas 01 e 53 foram 15.624, além de três óbitos. A SE de maior incidência foi entre 16 e 22 de fevereiro de 2020, havendo número alto de incidências também em março. No que diz respeito à Zika, foram 1.597 casos, sendo o maior número de incidências entre cinco e onze de abril de 2020.

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