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ES ainda não tem confirmação de transmissão comunitária das variantes

Uma das evidências está no não aumento do número de internações de grupos mais jovens da população

Ainda não há confirmação de transmissão comunitária de variantes do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no Espírito Santo. A informação foi transmitida em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (8) pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

Uma das evidências para a afirmação, explicou Reblin, é o fato de que as internações de pacientes com Covid-19 em leitos hospitalares permanecem basicamente no mesmo percentual entre os grupos etários. “O perfil de internação por Covid não se alterou. O percentual de internações entre criança, jovens, adultos e idosos permanece praticamente o mesmo do começo da pandemia”, disse.


Uma das características da transmissão comunitária das novas variantes do vírus, ressaltaram os gestores, é alterar a proporção de grupos mais jovens da população em internação com Covid-19.

Outro dado, informou Nésio Fernandes, é a utilização de ventilação mecânica, que continua de 12% para pacientes com idade entre 18 e 44 anos. “Em outros estados [onde a transmissão comunitária das variantes foi confirmada”, é o dobro”, disse.

Para investigar melhor o comportamento das mutações do coronavírus, o Espírito Santo tem expectativa de obter, em meados do ano, um equipamento que permitirá realizar, no próprio Estado, o sequenciamento genético para identificar quais tipos de SARS-CoV-2 circulam no território capixaba.

Fura-filas
Também durante a coletiva, os gestores abordaram as possíveis punições que devem ser aplicadas contra as pessoas que “furaram a fila” da vacinação contra Covid-19. “Como sanitaristas e gestores, entendemos que a população, quando comete alguma incorreção, algum crime, deve sofrer as penalidades e restrições de direitos previstos na legislação. Mas jamais, no Direito Constitucional Brasileiro, nós podemos admitir que as pessoas sejam penalizadas quanto à garantia do acesso à saúde e que, inclusive, sejam prejudicadas no seu papel na imunidade coletiva”, contextualizou Nésio Fernandes.

“Aqueles que foram vacinados indevidamente com a primeira dose fora do tempo e da ordem da vacinação, devem receber sim a segunda dose dentro do tempo previsto em bula de cada vacina, porque essas pessoas não podem ser privadas da garantia e direito que elas têm de se protegerem da doença e colaborarem com a cobertura vacinal da população”, argumentou.

“Então, não garantir a segunda dose seria para além do erro administrativo, de ter antecipado a dose para aquele paciente, um erro por perder aquela dose. Não consideramos adequado a proibição da aplicação da segunda dose. O Estado decidiu garantir a aplicação da segunda dose e que essas pessoas tenham outras penalidades garantidas na legislação”, estabeleceu.
Danos das chuvas
O secretário de Saúde informou ainda que o governo do Estado definiu um cronograma de reformas em diversas unidades hospitalares que foram danificadas em função das fortes chuvas que ocorreram nos últimos dias, principalmente na região metropolitana.
Os prejuízos, ressaltou, “atingiram toda a atividade econômica da Grande Vitória, shoppings, escolas, hospitais privados e públicos”. Não foram registradas lesão corporal, vítimas ou acidentes graves, informou o secretário. No entanto, a infiltração de grande volume de água em diversas unidades hospitalares fez com que pacientes fossem removidos para outros andares em hospitais como o São Lucas, atual Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), e uma unidade também em Vila Velha.

“Temos em andamento diversos processos de reforma e ampliação na estrutura predial dos nossos hospitais e teremos nas próximas semanas várias obras pra promover a devida reparação dos abalos provocados pelas chuvas”, anunciou.

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