Sábado, 18 Mai 2024

Mais de 144 mil meninas devem ser imunizadas contra HPV a partir de 2014

Depois de ter a faixa etária ampliada pelo Ministério da Saúde, a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) deve contemplar mais de 144 mil meninas no Espírito Santo. A imunização entra no calendário de vacinação de 2014, com vacinação de meninas com idade entre 11 e 13 anos; em 2015, a faixa etária entre 9 e 11 deve ser vacinada; e em 2016, somente as meninas de 9 anos devem ser beneficiadas. 
 
A vacina protege contra quatro tipos de HPV, o que evita o surgimento em até 90% do câncer de colo de útero, que é uma das doenças mais comuns provocadas pelo HPV. Além do câncer de colo de útero, o HPV também é responsável pelo câncer de vagina, ânus, vulva, além de verrugas genitais.
 
O esquema vacinal utilizado na rede pública vai ser diferente do da rede particular. No Estado, a vacina vai ser aplicada em três doses, sendo a segunda aplicada seis meses depois da primeira. Cinco anos após a aplicação da primeira dose deve ser aplicada a terceira. 
 
O HPV é, na maioria das vezes, sexualmente transmissível e de fácil transmissão. A estimativa é que 80% da população brasileira já tinha tido contato com o vírus, mas não o desenvolveu. Por isso, o Ministério da Saúde escolheu a faixa etária de 9 a 11 anos, já que o ideal é que seja aplicada antes do início da vida sexual. 
 
Em todo o País, o público-alvo para imunização contra o HPV é estimado em 5,2 milhões de pessoas. As três doses serão aplicadas nas pré-adolescentes com autorização dos pais ou responsáveis. A estratégia de imunização será mista, ocorrendo tanto nas unidades de saúde quanto nas escolas públicas e privadas. A incorporação da vacina complementa as demais ações preventivas do câncer de colo do útero, como a realização rotineira do exame preventivo (Papanicolau) e o uso de camisinha em todas as relações sexuais.
 
A inclusão da vacina no SUS foi possível graças ao acordo de parceria para o desenvolvimento produtivo (PDP), com transferência de tecnologia entre o laboratório internacional Merck Sharp & Dohme (MSD) e o Instituto Butantan, que passará a fabricar o produto no Brasil. A economia estimada na compra da vacina durante o período de transferência de tecnologia é de R$ 154 milhões. Além disso, a produção do imunobiológico contará com investimento de R$ 300 milhões para a construção de uma fábrica de alta tecnologia pelo Instituto Butantan, baseada em engenharia genética.
 

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