Mais um sindicato sinaliza greve no serviço público estadual
Os trabalhadores da saúde pública aprovaram indicativo de greve em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do Espírito Santo (Sindsaúde). Trata-se do segundo sindicato que representa categorias do funcionalismo público a deliberar mobilização, demonstrando insatisfações com as decisões do Governo Casagrande (PSB). O primeiro foi o Sindicato dos Trabalhadores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos), que realizam ato público na última terça-feira (7). Nos dois casos, o reajuste salarial de 5% é um dos motivos de paralisação.
O envio para a Assembleia Legislativa do projeto de lei que estabelece o reajuste está previsto para o período entre 20 e 30 deste mês, para que o reajuste comece a ser aplicado a partir de abril. Os sindicatos criticam o índice, anunciado sem diálogo, por estar abaixo da inflação e ser ainda menor do que o do ano anterior, que foi de 6%. Geiza Pinheiro, presidente do Sindsaúde, destaca que a categoria acumula perdas salariais em uma média de 54,8%, o que considera "absurdo". Desse índice, cerca de 20% somam perdas acumuladas somente nos últimos quatro anos do governo Casagrande.
Soma-se a isso a defasagem no tíquete alimentação, que hoje está no valor de R$ 300,00. Os trabalhadores da saúde estão insatisfeitos com o não cumprimento do compromisso assumido pelo governador de fazer a reestruturação da carreira de algumas categorias até novembro último e do pagamento do piso salarial da Enfermagem a partir de janeiro deste ano.
O pagamento do piso foi um compromisso firmado com a categoria durante o segundo turno das eleições 2022, quando disputou o governo com Carlos Manato (PL). Entretanto, informa Geiza, o argumento para que o compromisso não fosse concretizado até o momento foi que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) afirmou que é preciso aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em setembro passado suspendeu a obrigatoriedade do pagamento. "A PGE tinha que ter dito isso antes de ele se comprometer", aponta.
Geiza recorda que os trabalhadores conquistaram a reestruturação no ano passado, mas algumas categorias, como assistentes sociais, administradores e nutricionistas, não foram contempladas. A promessa era de que isso seria feito até novembro último, o que não ocorreu. A alegação da gestão estadual, segundo Geiza, foram as eleições. Um novo prazo, 20 de fevereiro, foi dado pelo Governo do Estado, mas novamente não foi cumprido.Veja mais notícias sobre Saúde.
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