Quinta, 28 Março 2024

Sesa prevê cenário de aumento de casos e óbitos por Covid-19 nos próximos meses

coletiva_nesio_reblin_01_02_21_CreditosDivulgacao Divulgação

O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, informou que o governo do Estado prevê dois cenários para o Espírito Santo nos próximos meses no que diz respeito às síndromes respiratórias gripais. Um é de crescimento de casos dessas síndromes nos meses de março e abril, incluindo a Covid-19. O outro cenário é o de queda. A informação foi divulgada em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (1), da qual também participou o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

Nésio explica que primeiro cenário é de aumento dos casos de síndrome respiratória gripal, inclusive de Covid-19, bem como de elevação de óbitos. Isso pode acontecer, de acordo com ele, por causa do não seguimento dos protocolos de segurança sanitária por parte das pessoas, como o uso de máscaras, e ausência de imunização ampla contra o novo Coronavírus. Esse cenário compreende as Semanas Epidemiológicas 8, 9 e 10, que correspondem ao período entre a última semana de fevereiro e a primeira quinzena de março, normalmente marcadas pela sazonalidade das síndromes respiratórias gripais, que são influenciadas, entre outros fatores, por questões ambientais, como o clima.

Essa situação, diz o secretário, pode representar um perigo para o que ele chama de grupo do G4, que são os quatro maiores municípios da Grande Vitória: Cariacica, Vila Velha, Vitória e Serra, que não apresentaram na segunda onda da Covid-19 um comportamento de aumento de casos e de óbitos pelo novo coronavírus como na primeira onda, podendo fazer com que essa realidade seja alterada, elevando, por exemplo as internações e a pressão na rede assistencial.

No outro cenário, que, de acordo com Nésio, é de queda de casos e óbitos, vem a consolidação da fase de recuperação. Contudo, esse é o menos provável. "Poderia ocorrer se houvesse uma não prevista antecipação robusta, radical e ampla do calendário de vacinação", afirma. Seria possível também se houvesse mudança no comando nacional da vacinação, com, por exemplo, a aquisição de mais vacinas, além da CoronaVac e da AstraZeneca.

"O cenário mais possível é o primeiro [de aumento], inclusive se levarmos em consideração as novas cepas do vírus. É um cenário que impõe ao Espírito Santo um desafio, que exige trabalho para não colapsar a rede de saúde e garantir o pleno acesso das pessoas", diz Nésio, ressaltando que o que tem acontecido em países como Portugal e estados como o Amazonas são "um alerta para um futuro muito próximo" possível em lugares que ainda não viveram colapso de seus sistemas de saúde. 

Nesse sentido, o governo do Estado continua investindo em ampliação da rede hospitalar. A expectativa é inaugurar mais 105 leitos de UTI durante o mês de fevereiro e mais alguns em março, quando o Estado vai dispor de um número maior que o disponibilizado durante o pico da primeira onda (715), no que diz respeito a leitos de UTI exclusivos para Covid-19. 

Vacinação de idosos acima de 90 anos

O secretário também anunciou que está prevista para esta semana a chegada de mais doses da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, mas não especificou a quantidade. Elas serão destinadas para idosos acima de 90 anos que não residem em residências de longa permanência. Parte delas também será aplicada em trabalhadores da saúde, para dar prosseguimento à imunização desses profissionais, que estão sendo vacinados na fase que está em curso. "A vacinação inicia na primeira quinzena de fevereiro. Atendimento em domicílio, hora agendada, serão determinados por cada município", informa Nésio.

Reblin destacou que o Governo do Estado está buscando alternativas para complementar as doses vindas do Ministério da Saúde por meio do diálogo com fabricantes. De acordo com ele, havendo disponibilidade e reconhecimento das vacinas pelas agências reguladoras, elas serão adquiridas. Até o momento foram distribuídas 88.984 doses para 124.416 trabalhadores da saúde.

Acesso ao local de trabalho somente com vacinação

De acordo com uma Portaria Nº 016 - R, publicada nesta segunda-feira (1), profissionais da saúde poderão ter acesso ao local de trabalho somente se estiverem imunizados contra a Covis-19. "Estando imunizados se protegem, protegem os colegas de trabalho e os pacientes", defende Nésio, que afirma que, ao contrair a doença o trabalhador tem que se afastar por 15 dias, dificultando o acesso de muitos ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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