As duas entidades participaram de uma audiência de conciliação na manhã desta quarta-feira (16), no Tribunal Regional do Trabalho do Estado (TRT-ES), conduzida pelo presidente da Corte, desembargador Marcello Maciel Mancilha.
A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES), Ana Lúcia Coelho de Lima, recomendou que os metalúrgicos voltassem ao trabalho, já que o dissídio coletivo já foi ajuizado.
O Sindimetal concordou com o retorno dos trabalhadores, desde que haja o pagamento do adiantamento salarial àqueles que participam da greve. Já o Sindifer garantiu que pagaria o adiantamento quinzenal no prazo de três dias úteis após o retorno dos trabalhadores.
Os termos do acordo serão apresentados à categoria nesta quinta-feira (17) durante assembleia e, caso os trabalhadores aceitem os termos do acordo, poderão voltar ao trabalho no mesmo dia.
Na última negociação com a empresa, os metalúrgicos sugeriram contraproposta de reajuste salarial de 10% e R$ 400 de auxílio-alimentação, além de plano de saúde extensivo à família, sem custo adicional.
Outros motivos de indignação dos trabalhadores estão relacionados à falta de segurança no local de trabalho e às constantes ameaças sofridas pelos metalúrgicos. Várias denúncias tão sendo feitas ao Sindimetal de trabalhadores reclamando das condições precárias às quais são submetidos nas dependências do estaleiro, acompanhadas de ameaças de demissão aos empregados que estão participando dos protestos. Cada caso está sendo analisado pela entidade, que recorrerá à Justiça com o objetivo de reparar os danos sofridos pelos metalúrgicos.