Só para quem pode

Partido do presidente Jair Bolsonaro e, no Estado, comando pelo ex-senador Magno Malta, o PL é alvo de reclamações em vários estados devido à distribuição das verbas de campanha eleitoral. Em muitos casos, aliás, a não distribuição! Dados do jornal O Globo mostram que 43% dos candidatos não receberam sequer um real da legenda, cobiçada por abrigar o presidente da República, principalmente da disputa à Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. Por outro lado, alguns concentram altos valores, os "escolhidos" do PL. A situação já obrigou o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, a publicar vídeo para se explicar. É considerada crítica, porque a sigla já distribuiu R$ 310 milhões, o equivalente à soma de todos os recursos do fundo eleitoral ao qual tinha direito, somados também a uma sobra do fundo partidário. Quer dizer, por aqui, os cofres, que já não são fartos, também não devem receber mais aportes. Até mesmo a candidatura ao governo de Carlos Manato opera em baixa financeira. Ele recebeu, até agora, apenas R$ 100 mil da Nacional, mesmo valor da maioria dos candidatos a deputado federal no Estado. Dinheiro, dinheiro, mesmo, só caiu na conta do próprio Magno, que tenta retornar ao cargo: R$ 2 milhões! Se voltar um pouco no tempo, não é de surpreender. Magno, que manda no PL não é de hoje, não queria nem que Manato se filiasse, para não dividir verba e tempo de propaganda eleitoral. Abriu a porta depois, mas não o cofre.

Falta um bocado
Apesar do cenário, Manato fez planos mais altos, na garantia de complementar a verba. Ele tem ao todo R$ 147,4 mil, mas já contratou despesas no total de R$ 759 mil, e pagou apenas R$ 93,7 mil.

Falta um bocado II
O ex-deputado federal realiza um "jantar de adesão" nesta terça-feira (20), às 19h30, no Espaço Patrick Ribeiro, em Goiabeiras, Vitória. Valor mínimo é de R$ 500. Na pior das hipóteses, Manato tem a quem recorrer: ele mesmo! Seu patrimônio declarado é de R$ 10,2 milhões!

Fatias do bolo
Da bancada à Câmara, receberam o mesmo valor que Manato, nomes até desconhecidos do eleitorado: Adriana Boas, Cabo Bonadiman, Caminhoneira Alexsandra Tomaz, Delegada Rosemary, Junior Corrêa, Marcio Furtado, Pastor Marinelshington e Sol Righeth. Já Dárcio Bracarense um pouco mais: R$ 126 mil.

Fatias do bolo II
O vereador de Vitória Gilvan da Federal também levou R$ 100 mil. Já o de Vila Velha, Devacir Rabello, apenas a metade. Ambos estão no primeiro mandato.

Ajuda
Apenas dois integrantes da chapa receberam uma pequena contribuição de Magno, Gilvan da Federal e Pastor Marinelshington – R$ 8,4 mil e R$ 3,7 mil, respectivamente.

Incompleta
Por falar nisso, o deputado Dr. Hércules (Patri) chiou no plenário da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (19), das diferenças financeiras entre campanhas em Vila Velha, seu reduto eleitoral. Denunciou abuso de poder econômico e cobrou fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES). Mas, como sempre, não falou nomes.

Segue...
Crítico do fundo partidário, Dr. Hércules, que é candidato à reeleição, não recebe verba do Patriota. Ele conta com R$ 79 mil em caixa, que é dinheiro dele. Ou seja, reclama em causa própria.

Casagrande, não
Sobre os apoios de 74 prefeitos à chapa de Renato Casagrande (PSB), analisado aqui na coluna na semana passada, Tiago Rocha (União), de São Gabriel da Palha, embora conste na lista, estaria atuando em favor tanto da candidatura de Manato como de Guerino Zanon (PSD) no município. Duas de oposição ao governador.

Nas redes
"O governo atual do Espírito Santo não consegue nem dar fim aos velhos problemas, então não há chance de que resolva novos problemas. É um governo analógico e que atrasa o desenvolvimento do nosso estado. Nós precisamos de renovação e inovação para que o Espírito Santo avance do jeito que merece (...). Arildemo Teixeira, do Novo, intensificando as críticas ao adversário Casagrande.

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