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A função do movimento

A classe trabalhadora deve ficar atenta às suas direções sindicais, porque elas perderam o sentido do movimento em si, que era a busca da igualdade social e a melhoria de vida não só para a classe trabalhadora, mas para a sociedade como um todo. A CUT foi criada para a busca dessa igualdade entre as categorias. 
 
Para que isso seja conquistado é preciso que os sindicatos trabalhem para que haja um acúmulo no âmbito sindicato de aspectos culturais, políticos e sociais para que o serviço oferecido seja de qualidade, ampla e significativa, de transformação. Os trabalhadores devem ter uma elevação de seu plano cultural para tomada de consciência, se preparando para o novo debate social.
 
O trabalho mudou, a sociedade mudou, mas o sindicato não. Ficou parado no tempo, adotando uma política ultrapassada que não atende mais às demandas da nova classe trabalhadora. Por isso, o esvaziamento dos sindicatos. Não há representatividade para essa nova realidade que enfrentam os trabalhadores, e por que não, o empresariado. 
 
Neste embate, quem tem nadado de braçada é o capital. Isso porque, o sindicato tem se pautado apenas na agenda econômica e pessoal. Não se vê mais a presença do sindicato nas comunidades, nas associações de moradores, nos movimentos sociais e internamente, acabou até com as comissões de negociação.
 
Tudo passa por esse afastamento da sociedade, que levou a própria população a tomar as ruas em este ano, cobrando mais representatividade. Os sindicatos fazem parte desta institucionalidade que deixou de ouvir as ruas e por isso sua imagem se enfraquece com a sociedade. 
 
Se os governos e o parlamento precisam se reinventar para a nova democracia, o sindicato também precisa. Se não entender que o momento histórico é outro e que a velha política não atende mais, o sindicato está assinando sua própria sentença de morte. 

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