Terça, 30 Abril 2024

Acabou o jogo?

O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) ainda tenta manter uma imagem de que não sabe de nada, de que seu nome foi incluindo no rol de investigados da Derrama como testemunha, mas para dentro da Assembleia, o caso explodiu como uma bomba a uma semana da eleição para a presidência da Assembleia.



A forma como o deputado vem se reportando ao caso mostra que a briga está a um passo de ser decidida. Em vez de esbravejar, de lançar mão de seus dossiês, de jogar a culpa em Deus e todo mundo, o presidente da Assembleia adotou uma postura amena. Rebate, mas não bate. Acuada, a fera não agride, se defende.



A tendência é de que ele venha a público para recuar da sua candidatura à Assembleia. Seria um entendimento com os demais deputados, que por mais leais e gratos ao corporativismo que o presidente levou para o plenário neste ano que passou à frente da Casa, não vai conseguir segurar a barra de ter à frente da Assembleia um presidente fragilizado.



O Legislativo estadual passou oito anos sob fogo cerrado, era o foco de todo o desgaste político necessário para manter o Executivo forte. Agora, que os parlamentares conseguiram colocar a cabeça para fora e respirar, seria muito temerário uma sombra atrás da cadeira do presidente.



Caberá aos deputados agora mostrar e convencer Ferraço de como esse desgaste atinge os 29 parlamentares. Reeleger Ferraço, mesmo que não se conheça qual a implicação do deputado nas fraudes em recuperação de debito nos municípios, seria abonar a suspeita e compartilhar do desgaste político que esse episódio traria para o legislativo.



O que os deputados devem estar articulando nesta segunda-feira é: como fazer essa mudança de forma menos traumática e escandalosa possível. Um substituto que já fora cogitado é o petista Roberto Carlos (PT), mas esse, o plenário não quer. Outro nome é Sergio Borges (PMDB), mas tem arestas a aparar na Justiça. Na cabeça de cada deputado segue a questão pertinente: E agora?



Fragmentos:



1 – Perece que há nas entrelinhas uma tentativa em desqualificar os atos da Operação Derrama. Por que será?



2 – O tal fogo amigo está consumindo mesmo a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Quem ganha com isso é a deputada Rose de Freitas, também do PMDB.



3 – Em Brasília, diferentemente do que acontece na Assembleia Legislativa a carga sobre o favorito à presidência da Mesa Diretora pode sim mudar o resultado da eleição.

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